6,4 milhões de estudantes matriculados na educação básica e ensino superior, como graduação e pós-graduação, com idades entre seis e 29 anos, não tiveram acesso a atividades escolares durante o mês de outubro de 2020, de acordo com a pesquisa “Pnad Covid19”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (1º).
Alunos do ensino médio são os mais afetados, conforme a pesquisa, representando 16,4%. Em seguida, vêm o ensino superior (13,9%) e fundamental (11,8%).
A disparidade entre regiões ficou em evidência, tendo no Norte 29,3% dos estudantes matriculados sem acesso às atividades escolares. Já no Sul, Centro-Oeste e Sudeste estes percentuais foram 5,1%, 7,4% e 9,2%, respectivamente.
O reflexo da desigualdade mostra, também, que estudantes pertencentes às classes mais baixas de rendimento domiciliar per capita tiveram percentuais maiores de crianças e adolescentes sem atividades.
Entre as pessoas que viviam em domicílios com rendimento per capita de até meio salário mínimo, 17,9% não tiveram atividades escolares. Enquanto isso, entre os domicílios com rendimento domiciliar per capita de quatro ou mais salários mínimos, o percentual foi de 5,8%. Outro ponto abordado na pesquisa foi a falta de internet em casa, que inviabilizou o acompanhamento das aulas de estudantes com renda per capta mais baixa.
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