Na última sexta-feira (17), o Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgou as notas do Exame Nacional do Ensino Médio 2019 (Enem). A partir de agora, já com os resultados individuais, os estudantes irão concorrer às vagas em universidades públicas e privadas que optaram pelo programa. Um desses métodos ocorre através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
De acordo com o balanço divulgado pelo MEC, 128 instituições irão ofertar mais de 240 mil vagas em 2020. As inscrições serão feitas exclusivamente pela internet, através do sistema exclusivo Sisu, na página do Inep, entre o período de 21 a 24 de janeiro. A classificação final será divulgada no dia 28 do mesmo mês.
Para todos os alunos que obtiveram nota maior que zero na redação, é possível escolher até duas opções de vagas, por ordem de preferência, acessando o formulário de inscrição, com a indicação do curso, a instituição, o local de oferta e o turno.
Subdivido por períodos de inscrições, o sistema fica disponível durante todo o dia e encerra, posteriormente, exibindo a classificação parcial dos candidatos aos cursos pretendidos, assim como a nota de corte. Nesse caso, é necessário acompanhar dia a dia a menor nota de corte para o curso escolhido, fazendo alterações caso seja necessário.
Aprovado no processo há dois anos, o estudante Henrique Dalton (31) foi contemplado pelo programa e estuda ciências contábeis na Universidade Federal da Bahia. Em virtude do aumento da mensalidade do curso de engenharia química, que cursava na faculdade privada, Henrique precisou abandonar e buscar outra alternativa.
“Eu cursei até o 8º semestre de engenharia química, mas as parcelas ficaram inviáveis para minha família. Também avaliei as condições de mercado de trabalho e não estavam tão favoráveis, então fiz o Enem e fui aprovado na UFBA”, conta.
Satisfeito com a graduação, Henrique fala dos benefícios do Sisu. “É um programa que me ajudou bastante a continuar os estudos. Se eu não tivesse acesso, provavelmente não estaria estudando atualmente”, diz.
Bruno Santos, estudante de 25 anos, também discente de ciências contábeis em universidade pública, relata que se dedicou aos estudos por dois anos para ser assertivo no exame.
“Já sabendo que não teria renda suficiente para bancar uma faculdade particular porque os custos são elevados, resolvi me dedicar antes de fazer a prova e deu resultado. Fui aprovado na primeira vez que prestei a prova e hoje consigo estudar com tranquilidade”, diz.
Com visão empreendedora, Bruno já tem objetivos ao terminar a graduação. “Como já estou adquirindo experiências no estágio, meu foco é montar um escritório quando formar. Apesar de ser o sonho de muitos que cursam contábeis, estou me planejando desde já para alcançar isso o mais rápido possível”, planeja.
Democratização no ensino
Instituído pelo Ministério da Educação (MEC), o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) tem como principal objetivo o acesso de estudantes às instituições de ensino superior públicas, com uma metodologia mais democrática de inserção.
Além do Sisu, outro mecanismo de democratização da educação no país é o Educa Mais Brasil. Assim como os programas educacionais, este oferece aos estudantes uma facilidade de acessar o ensino superior. De iniciativa privada, o Educa possui parcerias com diversas instituições de ensino, ofertando, em universidades particulares, a oportunidades de milhares de pessoas terem a possibilidade de estudar, por meio de bolsas de estudo.
Outra vantagem do programa é que não há a necessidade de aguardar um período específico para inscrição. Os estudantes podem fazer o cadastro no site em qualquer em período. Basta acessar a página na internet e garantir uma das bolsas disponíveis.
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