(ANSA) – O papa Francisco enviou uma carta ao presidente da Síria, Bashar al-Assad, em que pede o fim do extremismo e de qualquer forma de terrorismo. Partes do documento foram reveladas nesta segunda-feira (12) pela agência de notícias oficial Sana.
“O Papa exprime solidariedade ao povo sírio”, diz o texto em que ressalta “a condenação do Vaticano de qualquer forma de extremismo e terrorismo”. A nota ainda mostra que o líder da Igreja Católica pede que “os esforços de todos sejam multiplicados para colocar fim à guerra na Síria à retomada da paz”. O conteúdo da carta foi revelado no dia em que o núncio apostólico para a Síria, cardeal Mario Zenari, se reuniu com Assad em Damasco.
O documento ainda pede que é preciso que a guerra seja encerrada no país para que “ele possa continuar a ser um modelo de convivência entre culturas e religiões como sempre foi”. De acordo com a Sana, Assad elogiou a postura da Igreja Católica de manter um núncio – que é como chamado o representante do Vaticano em um país estrangeiro – depois de ser nomeado cardeal (o que é único no mundo) e que mostra “o grande carinho que o papa Francisco tem pela Síria e por seu povo”.
O presidente sírio ainda afirmou que “está determinado” a “restaurar a segurança e a estabilidade” no país. Por diversas vezes, o sucessor de Bento XVI fez apelos públicos pelo fim da guerra que atinge o território sírio há quase seis anos e que causou milhares de mortes. No último desses pedidos, no dia 17 de novembro, Francisco “implorou” pelo fim dos “sangrentos conflitos que nenhuma motivação pode justificar ou permitir”.
Em um encontro no mesmo dia, com membros da ONG católica Caritas, Jorge Mario Bergoglio destacou que a Síria é um “laboratório de crueldades” já que “as potências internacionais, gente da Síria, cada um só pensa em seu interesse e nenhum busca a liberdade de um povo”.
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