(ANSA) – Durante um encontro com crianças do projeto Fábrica da Paz na segunda-feira (11), o papa Francisco afirmou que é mais fácil “encher os presídios” que ajudar aqueles que erraram.
“Deus perdoa tudo, somos nós quem não sabemos perdoar. Somos nós que não encontramos as estradas do perdão por tantas vezes, por incapacidade ou porque é sempre mais fácil encher os presídios do que ajudar a andar para frente quem errou na vida”, disse o Pontífice ao responder uma pergunta de uma menina cujo pai está preso.
Conversando com as crianças, Jorge Mario Bergoglio falou sobre o significado da palavra “perdão”. “O que significa? Se você caiu, levanta-te. Eu te ajudo a levantar e a se reinserir na sociedade”, destacou. Ressaltando que essa é uma atitude “difícil” de ser realizada, o Papa voltou a condenar prisão perpétua para quem comete crimes considerados hediondos.
“É mais fácil descartar da sociedade aqueles que cometeram um grande erro. E condená-lo à morte deixando-o preso para sempre. O trabalho deve ser sempre a reinserção, a não deixá-los caídos”, disse Bergoglio.
Ao responder uma pergunta de um jovem detento, que questionou se estava certo prendê-lo e afastá-lo do convívio em sociedade, o sucessor de Bento XVI disse que não estava de acordo com a pena porque é preciso ajudar quem comete erros a levantar através “da educação, do amor e da proximidade” e não “fazer a coisa mais cômoda que é esquecer aqueles que sofrem”.
“Eu vou dou um conselho. Quando vocês disserem “aquele está preso”, digam a vocês mesmos que “também eu posso fazer os mesmos erros que ele fez”. Todos nós podemos cometer erros muito grandes. Por isso devemos ajudá-los a serem inseridos na sociedade”, finalizou.
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