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Pacientes recuperados de Covid-19 relatam queda acentuada de cabelo

O vírus da Covid-19 causa uma infinidade de complicações aos pacientes, mesmo algum tempo após a recuperação. Vários estudos mostraram que aqueles que se recuperaram da infecção tinham problemas pulmonares e cardíacos. Agora, uma série de pacientes relatou uma complicação incomum após a recuperação da doença do novo coronavírus: a queda de cabelo.

“A perda de cabelo é um fenômeno bem descrito após qualquer estresse fisiológico no corpo”, diz a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Embora ainda não tenhamos estudo científico sobre o assunto, essa queda pode estar ligada ao estresse físico e psicológico que os pacientes vivenciaram com a infecção”, completa a médica.

Vários membros do Survivor Corps, grupo de apoio do Facebook de pessoas que tiveram Covid-19, discutiram recentemente sobre a perda de cabelo meses após se recuperar da fase aguda da infecção pelo vírus SARS-CoV-2, que causa a Covid-19. Embora os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos tenham informações sobre quando é certo terminar o isolamento domiciliar após uma infecção, há dados limitados sobre os efeitos colaterais duradouros da doença. Em uma carta publicada no JAMA, por exemplo, uma equipe de pesquisadores estudou dados de 143 pacientes que se recuperaram do Covid-19 e descobriu que 44% deles disseram ter piorado a qualidade de vida. Muitos pacientes recuperados relatam tosse persistente, fadiga, dor nas articulações, dificuldade em respirar e dor no peito.

Segundo a Dra. Paola, a queda de cabelo pós-Covid-19 pode estar ligada ao eflúvio telógeno, uma condição temporária em que as pessoas experimentam uma queda excessiva de cabelo após uma infecção ou evento físico ou emocional estressante na vida. “Cerca de 85 a 90 por cento do cabelo de uma pessoa saudável está na fase anágena ou no estágio ativo de crescimento. O resto do cabelo está em uma fase de repouso, também conhecida como fase telógena. A queda do cabelo é normal, pois o cabelo permanece na fase anágena por cerca de dois a quatro anos, depois vai para a fase telógena, onde cai para ser substituído por novos”, diz a médica. “Na condição chamada eflúvio telógeno, mais fios de cabelo entram na fase de repouso, resultando em mais queda de cabelo, principalmente da parte superior do couro cabeludo. Alguns dos fatores que podem causar essa condição incluem cirurgia de grande porte, estresse significativo, trauma físico, perda extrema de peso ou mudanças repentinas na dieta, febre alta ou doença grave, alterações hormonais repentinas, hipotireoidismo, hipertireoidismo e deficiência de ferro, entre outros”, acrescenta.

Nos Estados Unidos, o Registro de Dermatologia Covid-19, um banco de dados de manifestações dermatológicas da doença, aponta que houve um número crescente de pessoas relatando queda de cabelo após a recuperação. “A queda de cabelo nessas situações não é um fenômeno surpreendente, já que as pessoas começam a notar o eflúvio telógeno cerca de três meses depois de adoecer ou de um evento estressante na vida”, diz a médica. Os pacientes recuperados, segundo o registro, relataram queda de cabelo no início de julho e foram infectados entre abril e maio.

O que fazer – Embora essa queda de cabelo relacionada a um evento infeccioso ou cirúrgico ou estresse emocional seja apenas temporária, pode ser estressante. A médica recomenda uma nutrição adequada, especialmente comendo alimentos ricos em ferro, proteínas, Vitamina C e vitamina D. Além disso, os suplementos para queda de cabelo podem ajudar a restaurar a saúde do cabelo, reduzindo a queda do cabelo. O eflúvio telógeno é indolor e não envolve outros sintomas, como coceira e descamação. “No entanto, quando os pacientes apresentam queda de cabelo importante com ou sem outros sintomas, como sensação de queimação no couro cabeludo, eles precisam ser avaliados por um dermatologista”, finaliza a médica.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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