(ANSA) – Os 18 transplantes de células-tronco neurais realizados em pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) na Itália tiveram resultados positivos. Apesar de ser ainda muito cedo para falar em uma cura definitiva para a doença neurodegenerativa, a notícia representa certamente um passo à frente na luta contra ela.
O avançado experimento foi conduzido pelo professor de biologia da Universidade de Bicocca, em Milão, e diretor científico do instituto de pesquisas Casa Sollievo della Sofferenza di San Pio, Angelo Vescovi. A primeira fase da pesquisa, feita apenas com pacientes italianos, chegou à conclusão de que o tratamento é realmente seguro e que três das 18 pessoas transplantadas mostraram benefícios neuronais em relação à doença. Estes dados preliminares também dão esperança de que no futuro haverá uma terapia definitiva para a ELA.
Em entrevista exclusiva à ANSA, Vescovi disse que os resultados do experimento são “excelentes”, mas que ainda “é cedo para poder falar de uma cura para a ELA” e que “são necessárias mais confirmações”. Graças aos dados positivos, o estudo passará para a fase dois, que tem como objetivo comprovar a eficácia do método para interromper a esclerose. Ela começará a ser colocada em prática a partir do ano que vem e terá uma amostra de cerca de 70 a 80 pessoas.
Toda a pesquisa foi feita de acordo com as normas internacionais da European Medicine Agency (EMA) e certificada pela Agenzia Italiana del Farmaco (Aifa). A apresentação oficial dos primeiros resultados acontecerá no palácio San Callisto, em Roma, no dia 29 deste mês.
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