A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira, 6 de agosto, uma operação para investigar fraude e desvio em financiamentos vinculados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura (Pronaf) do governo federal. Entre os crimes apurados, há corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas cidades de Natal e Nova Cruz, no Agreste potiguar.
De acordo com a PF, investigação que resultou na Operação Chupim, teve início em razão de apuração interna do Banco do Brasil que identificou atuação irregular do gerente da agência bancária em Canguaretama em cerca de 85 financiamentos do Pronaf, com prejuízo potencial de R$ 2.180.504,34.
“De acordo com a investigação policial, ficou demonstrada a existência de esquema fraudulento de financiamentos com recursos do Pronaf para o qual concorreram fornecedores de animais, além do próprio gerente”, disse a PF.
Ainda segundo as diligências, houve financiamentos fraudulentos em que os mutuários sequer sabiam do negócio realizado, pois eram contratos fictícios sem a efetiva entrega de animais, além de financiamentos com sobrevalorização dos animais negociados.
“Com relação ao gerente, restou ainda evidenciado que ele se utilizou das contas bancárias de terceiros para movimentar recursos desviados do
Pronaf”, afirma a PF.
Por fim, há suspeita de pagamento de vantagem indevida a um servidor do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), responsável por elaborar as propostas simplificadas de crédito vinculadas aos financiamentos fraudulentos.
Segundo a Polícia Federal, as diligências realizadas nesta quinta-feira (6) têm como finalidade reunir provas dos delitos sob apuração.
Sobre o nome da Operação Chupim, faz-se referência ao pássaro da família lcteridae, que dado ao seu parasitismo de ninhos passou a designar informalmente um aproveitador.
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