(ANSA) – A Europa é o novo epicentro da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), informou a Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta sexta-feira (13).
Durante uma coletiva de imprensa, o diretor da OMS, Thedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que os casos registrados no continente “já superam a soma de todos os outros países do mundo, com exceção da China”. “A nossa mensagem aos países continua a ser que é necessário adotar uma abordagem global. Não basta fazer testes sozinhos. Não basta rastrear os casos. Não bastam as quarentenas e ficar longe das pessoas. É preciso fazer tudo isso junto”, declarou Ghebreyesus.
Segundo o dirigente, é importante que cada país olhe o que a nação vizinha está fazendo e não fique pensando que “conosco isso não acontecerá”. “Isso pode ser um erro mortal”, destacou.
Porém, a OMS destaca que é “impossível” dizer quando ocorrerá o pico da pandemia. Antes do anúncio, a China era considerada o epicentro, mais especificamente a província de Hubei. Em números totais, os chineses ainda têm a maior quantidade de casos – com 80.945 e mais de três mil mortes confirmadas.
No entanto, há cerca de duas semanas, o governo de Pequim anunciou a redução drástica nos dados, tendo registrado, por exemplo, apenas oito casos nas últimas 24 horas – com sete mortes (sendo seis em Hubei).
Por isso, com a rápida disseminação do novo vírus na Europa, o cenário está mudando. Entre os 10 países com mais casos, sete estão no Velho Continente. A Itália está na segunda posição e contabiliza 15.113 contaminações, a Espanha é a quinta, com 4.334, a Alemanha está no sexto lugar, com 3.156, seguida pela França, com 2.882. Na nona colocação, está a Suíça com 1.125 e a Suécia fecha o top 10 com 804 casos, segundo dados do Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas da Universidade John Hopkins.
G7 fará reunião extraordinária por viodeoconferência
Por conta da pandemia de coronavírus, os líderes do G7 – o grupo dos sete países mais industrializados do mundo – farão uma reunião extraordinária na próxima segunda-feira (16) através de videoconferência.
A iniciativa foi proposta pelo presidente da França, Emmanuel Macron, e foi aceita por unanimidade. O líder de Paris telefonou hoje tanto para seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, atualmente na presidência do grupo, como para os demais líderes da Alemanha, Canadá, Itália, Japão e Reino Unido.
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