O quadro que foi lacrado e retirado do Museu de Arte Contemporânea (Marco), no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande na última quinta-feira (14), voltou a ser exposto neste sábado (16). A obra “Pedofilia”, da exposição “Cadafalso”, havia sido apreendida pela polícia Civil de Mato Grosso Sul.
O motivo da apreensão foi que, três deputados registraram boletim de ocorrência contra a artista plástica Alessandra Cunha, de Minas Gerais, alegando que as obras possuem conteúdo erótico e fazem apologia à pedofilia.
Na sexta-feira (15), o secretário de Cultura e Cidadania de Mato Grosso do Sul, Athayde Nery, fez um acordo com a polícia para retirar a obra da delegacia e devolver ao museu, sob a condição da classificação de 18 anos ser respeitada. “É uma questão de manter os dois lados. A liberdade de expressão, com a artista aqui, e também a questão de respeito à observação das autoridades em relação à idade limite”, afirmou Nery.
O retorno da obra foi comemorado pela coordenadora do Marco, Lúcia Mostserrat, e falou ainda que a intenção da artista é provocar reflexão. “Você não sai daqui da sala passivo. Você cresce com esse olhar, com esse questionamento que ela traz. E é muito importante, e eu acho assim, é muito bonito o trabalho, é muito suave, ao mesmo tempo que o tema é pesado”, avaliou Lúcia.
A mostra “Cadafalso” da artista mineira está exposta no Marco desde junho. O museu vai manter o calendário e a exposição ficará aberta até domingo (17), sem ser prorrogada.
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