A relação de desempregados no Brasil permanece com números assustadores e, como consequência, o número de pessoas que contrariam dívidas no pais também subiu. Um levantamento realizado pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), nesta quarta-feira (04), mostrou que o mês de setembro, fechou em alta. Precisamente 0,4 pontos percentuais, em relação a agosto. Em percentual o número ficou em 58,4%, o maior dos últimos sete anos.
Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que acompanha o número de famílias endividadas, principalmente as que possuem débitos em atraso. Desde 2010, essa situação passou de 24,6% para 25%, o maior nível. Na comparação com setembro de 2016, também houve alta de 0,4 ponto percentual.
Muitas famílias se declararam muito endividadas durante esse período, além de informar que continuariam assim. Porém, embora há uma alta no registro, de 14,2% para 14,4%, entre os meses de agosto e setembro, respectivamente, a comparação anual manteve-se estável.
No mês passado, inadimplência atingiu 10,3% das famílias, também o maior patamar da série histórica (iniciada em janeiro de 2010), ante 10,1% em agosto de 2017 e 9,6% em setembro de 2016. Mesmo com os números mostrados em relação ao endividamento das famílias, que se mantiveram estáveis, os indicadores de inadimplência da pesquisa continuam em alta, segundo avaliou a economista da CNC, Marianne Hanson.
“A taxa de desemprego bastante alta ajuda a explicar a maior dificuldade das famílias em pagar suas contas em dia e o maior pessimismo em relação à capacidade de pagamento”, informou.
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC)
Segundo uma avaliação realizada pela SPC Brasil e da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), em 2016, o número total de pessoas com nome sujo no pais, em fevereiro era de 54,5 milhões e 58,7 milhões em março. Os números apresentados nesse período representam 28,8% de toda a população.
Nessa mesma época, mais 800 mil consumidores foram tidos como inaptos para a realização de novos financiamentos.
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