A nova Esplanada dos Ministérios a partir de 2023 deve ampliar o número de pastas, acabar com o modelo de função em superministérios e abrigar aliados que representem a frente ampla de partidos que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Este é o plano do grupo político que venceu as eleições com Lula neste domingo (30 de outubro). Pelas contas, a Esplanada passaria de 23 para 33 pastas, ao menos.
Entre as novas pastas estão Pequenas Empresas, Igualdade Racial, Segurança, Povos Originários e Cultura. A Economia poderá ser dividida mais uma vez em Planejamento e Fazenda.
Para a área econômica, que será crucial para colocar em prática a agenda de investimentos propagada pelo governo eleito de Lula, estão cotados Fernando Haddad (PT), que perdeu as eleições para o governo de São Paulo, o ex-ministro Henrique Meirelles e também o economista Gabriel Galípolo.
Durante toda campanha eleitoral, Lula foi cobrado a revelar o nome do ministro dessa área.
O plano é também separar pastas que se transformaram em gigantes da Esplanada, por reunirem diferentes temas conexos debaixo de um mesmo guarda-chuva, mas com dificuldade de gestão.
É o caso do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que viraria dois. O movimento é um aceno ao grupo das forças de segurança mais identificados às bases eleitorais do presidente Jair Bolsonaro.
Desde o início do governo atual, este grupo vinha pedindo uma pasta específica, o que acabou não acontecendo.
Para a vaga de ministro da Justiça, há os nomes do ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB) e do advogado Silvio Almeida.
Nas sinalizações, Lula defende o nome de alguém de confiança para a Casa Civil, com experiência para lidar com os outros ministros, governadores e com o Congresso Nacional. Os nomes do governador Rui Costa (PT), da Bahia e do ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT) estão entre os cotados.
A pasta da Saúde é considerada uma das mais importantes como reposta ao desempenho do Brasil no combate ao coronavírus durante o governo Bolsonaro.
Para esta função, há avaliação do nome do ex-secretário da Saúde de São Paulo, Davi Uip, o que é visto como indicação alinhada ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), e também do ex-ministro Alexandre Padilha (PT).
Para a Defesa, o novo governo de Lula quer nomear um civil. Por isso, estão em destaque um possível retorno de Aldo Rebelo (PDT) ou até mesmo a concessão da pasta para Alckmin.
Aliada na campanha depois de perder o primeiro turno, Simone Tebet (MDB) é apontada como opção para mais de uma pasta: Agricultura e Educação.
Na Agricultura, ela deve disputar preferências com os senadores Carlos Fávaro (PSD-MT) e Kátia Abreu (PP-TO). Na Educação, há quem defenda o cargo para o ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT).
Tema presente no discurso de Lula após ser eleito, o Meio Ambiente poderá ter novamente a ex-ministra Marina Silva (Rede), que foi eleita deputada federal por São Paulo nestas eleições. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) está também cotado.
Com informações da CNN*
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