Uma nova pílula revolucionária para o câncer de pele avançado será testada no próximo ano. Resultados de laboratório sugerem que a droga é susceptível a ser eficaz em pacientes com melanoma que já não respondem aos tratamentos existentes. As informações são do Daily Mail.
Conhecido como inibidor panRAF, a droga pode também ajudar as pessoas com uma estirpe de cancro que não pode ser tratada com drogas convencionais. O melanoma, ou câncer maligno de pele, afetou cerca de 5.890 pessoas no Brasil, segundo o INCA. Nos EUA, a American Cancer Society estima que o melanoma matou 9.710 pessoas em 2014. O câncer é desencadeado por rajadas nítidas de luz solar e aqueles que foram queimados pelo menos cinco vezes correm o dobro do risco da doença.
A cirurgia é sempre a primeira opção de tratamento. Mas em casos mais avançados os pacientes recebem drogas que suprimem versões defeituosas de uma proteína chamada BRAF, que alimenta o crescimento de cerca de metade de todos os melanomas. Enquanto inibidores BRAF são inicialmente muito eficazes, os cânceres geralmente tornam-se resistentes a eles dentro de um ano.
As novas drogas que têm como alvo uma vasta gama de processos biológicos, a fim de matar células de cancro, mostraram-se eficazes para parar o crescimento de tumores resistentes. Eles também parecem funcionar contra os 20%-25% dos melanomas acionados por uma proteína defeituosa chamada RAS.
Para realizar os testes necessários, os pacientes terão um medicamento específico que foi escolhido entre centenas de candidatos após testes rigorosos. No estudo de laboratório, dois medicamentos de codinome CCT 196969 e 241161 CCT foram testados. Ambos os tumores resistentes aos medicamentos suprimidos encontrados em ratos foram submetidos aos medicamentos e não mostraram efeitos colaterais significativos.
Dr Richard Seabrook, do Wellcome Trust, que co-financiou a pesquisa em conjunto com Cancer Research UK, disse: “Os médicos já têm drogas de primeira linha para o tratamento de melanoma, mas muitos pacientes desenvolvem gradualmente uma resistência a eles e são deixados com poucas outras opções de tratamento. Esta pesquisa, que descobriu como dois compostos recentemente desenvolvidos poderia tratar o câncer de pele resistente a medicamentos, pode dar esperança a milhares de pessoas que se encontram nesta situação.” O estudo foi publicado no jornal Cancer Cell.
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