Já em terras potiguares, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta sexta-feira (20) que o governo federal não vai “admitir descontrole”. Após solicitação do governador Robinson Faria, o governo federal autorizou o policiamento ostensivo das Forças Armadas em Natal e região metropolitana.
Jungmann veio acompanhar de perto os desdobramentos da Operação Potiguar II, deflagrada após uma semana de rebeliões que deixaram 26 mortos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, a maior do estado. “Não vamos admitir descontrole, não vamos admitir que venha a imperar o medo e a desordem como da vez anterior. Essa é a determinação do presidente Temer. E para nós, missão dada, missão cumprida”, afirmou o ministro.
As Forças Armadas foram alocadas para as ruas de Natal e região metropolitana para acabar com a série de ataques que aterrorizam a população desde terça-feira (17). As primeiras tropas com 650 homens chegaram nesta sexta. Militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica vão atuar para garantir a ordem na Grande Natal.
No sábado, 1,4 mil estarão na Região Metropolitana. E no domingo, 1.846 integrarão a operação. “Não vamos substituir nenhuma ação das polícias”, afirmou. “É também responsabilidade dos governos estaduais garantir que essas unidades assim continuem”, disse.
Ainda de acordo com o ministro, as Forças Armadas só farão a vistoria, varredura e limpeza das unidades prisionais e não atuarão dentro dos presídios. A Operação Potiguar II será realizada até o dia 30 de janeiro, conforme decreto do presidente Michel Temer publicado em edição extra do Diário Oficial da União.
No sétimo dia de rebeliões em Alcaçuz, os presos voltaram a ocupar o telhado da unidade. Eles continuam soltos pelos pavilhões e pelos pátios do presídio, mesmo após a entrada do Batalhão de Choque e do Bope.
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