(ANSA) – Em meio às denúncias de assédio sexual contra Kevin Spacey, a Netflix anunciou nesta sexta-feira (3) que não se envolverá mais em nenhuma produção que inclua o ator norte-americano, protagonista de House of Cards, sua primeira série original.
Além disso, o serviço de streaming informou que, ao lado da produtora Media Rights Capital, está estudando possíveis caminhos para a atração. Na imprensa local, circulam rumores de que a Netflix estaria avaliando a possibilidade de “matar” o personagem de Spacey, Frank Underwood, para permitir a continuidade de “House of Cards”.
As gravações da sexta temporada da série foram suspensas nesta semana, após diversas denúncias de assédio sexual contra o ator.
Sob a condição de anonimato, oito funcionários da equipe de “House of Cards” contaram à “CNN” que Spacey criou um ambiente “tóxico” no set do seriado, com um comportamento “predatório” e recorrentes casos de abuso.
Segundo essas pessoas, o astro tinha o hábito de apalpar e fazer comentários vulgares, geralmente contra homens jovens. Um ex-assistente de produção ainda diz ter sido agredido sexualmente pelo astro.
Apenas nesta semana, Spacey também já foi acusado de assédio por dois atores, um barman e um cineasta, sendo que a primeira denúncia partiu de Anthony Rapp, que contou que o vencedor do Oscar tentara seduzi-lo em 1986, quando ele tinha 14 anos.
O astro disse não se lembrar do episódio, mas pediu desculpas por ter tido um “comportamento bêbado e profundamente inapropriado”. Ele ainda é alvo de uma investigação da Polícia Metropolitana de Londres, a Scotland Yard, por agressão sexual contra um ator britânico hoje com 32 anos, cujo nome não foi revelado.
O episódio teria ocorrido quando a suposta vítima, então com 23, foi à casa de Spacey na capital do Reino Unido e sofreu uma tentativa de abuso após os dois fumarem maconha.
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