Em entrevista coletiva realizada em Jerusalém, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu alertou nesta quarta-feira (8) que a capital do Irã (Teerã) sofrerá um “golpe retumbante” caso ataque Israel.
“Quem tentar nos atacar receberá o golpe muito forte”, disse Netanyahu a repórteres. De acordo com a agência AFP News, ele também disse que Israel é “completamente” a favor da decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de acabar com a vida de Qasem Soleimani. Nesse sentido, ele parabenizou Casa Branca por agir “de forma rápida, corajosa e firme”.
Netanyahu aconselhou seu Gabinete de Segurança na terça-feira a não se envolver demais na crise resultante do assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, que ocorreu na semana passada no Iraque por causa de um ataque de drones lançado pelos EUA. “Não devemos nos arrastar para esse assunto”, explicou o ministro, garantindo que se trata de uma questão que preocupa Washington e não Tel Aviv.
Após o assassinato de Soleimani, Netanyahu ordenou que os ministros do Gabinete não falassem com a imprensa sobre o assunto para impedir que certas declarações públicas criassem a impressão de que Israel estava envolvido na operação.
Oriente Médio em alerta
No entanto, um dia após a morte do general iraniano, Netanyahu declarou que “assim como Israel tem o direito de legítima defesa, os EUA têm exatamente o mesmo direito”, argumentando que Soleimani “é responsável pela morte de Cidadãos americanos e muitas outras pessoas inocentes”. Ele também enfatizou que o general “estava planejando mais ataques desse tipo”.
A situação na região se tornou explosiva desde a quinta-feira passada, quando um ataque aéreo lançado pelo Pentágono em Bagdá terminou com a morte de 12 pessoas, incluindo Soleimani e o líder do Kataib Hezbollah e das Forças de Mobilização Popular, Abu Muhandis.
Na manhã desta quarta-feira (8), o Irã atacou com diversos mísseis balísticos duas bases aéreas iraquianas que abrigam tropas americanas, em resposta ao assassinato de Soleimani. A Guarda Revolucionária Iraniana indicou que a Operação Mártir Soleimani visava “a base das forças terroristas e invasoras dos EUA”.
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