A campanha da Natura deste ano, para o Dia dos Pais, contou com a participação de Thammy e outros nomes como Babu Santana e Henrique Fogaça. Mas em relação ao filho de Gretchen, a repercussão foi maior e rendeu inúmeros posts negativos, e positivos pelas redes socais.
De acordo com o especialista em marketing e professor da ESPM, Gabriel Rossi, o preconceito já não pode ser mais visto somente como uma manifestação pessoal. Deve ser observado também no mundo corporativo. “Marcas que desviam seu olhar do crescente número de casais lgbt+ podem – e vão – perder espaço para seus concorrentes que não fogem da diversidade”, avalia.
O Brasil possui mais de vinte milhões de pessoas que se encaixam nesse grupo, sendo 78% com cartão de crédito e com renda salarial média de aproximadamente R$ 3.200. “Qual mercado não gostaria de aproveitar tal potencial de consumo?”, questiona.
Rossi afirma que pela perspectiva do marketing, é possível afirmar que a marca vai sair fortalecida, porque a campanha reforça elementos e significados sobre a Natura, como harmonia e diversidade, que já estavam presentes na mente do consumidor.
“Marcas de vanguarda se aproximam do zeitgeist (espírito do tempo) de forma autêntica. A Natura acertou”, finaliza o professor.
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