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“Não estamos abandonando a Rocinha”, diz Jungmann sobre saída das Forças Armadas

Após a saída das Forças Armadas da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, o secretário de Segurança Pública do Rio, Roberto Sá, informou que a Secretaria de Estado de Segurança não pretende deixar os moradores da região sem segurança. A secretaria vai investir nos comandos de Operações Especiais, na Polícia Pacificadora e ainda colocar 500 agentes na localidade.

“A Polícia Militar já se planejou, reforçou o policiamento e nós colocaremos lá, para coordenar esse policiamento, dar uma pronta resposta, gerar uma sinergia, supervisão, controle e apoio, por tempo indeterminado, o comandante de Operações Especiais e o coordenador de Polícia Pacificadora”, disse Sá.

Desde que a situação no Rio de Janeiro se agravou, com a guerra anunciada devido a conflitos de traficantes, o governo trabalha em cima de um Plano Nacional para continuar a segurança. Nesta sexta-feira (29), o secretário fez hoje um balanço das operações conjuntas com o apoio do governo federal, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Desde o mês de julho, que integrantes de outras forças trabalham juntos com a segurança da cidade.

A saída das Forças Armadas da comunidade se deu por ordem do ministro da Defesa, Raul Jungmann. Porém, as tropas estão à disposição da Secretaria de Segurança caso assim necessite, explicou o sub-chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, brigadeiro Ricardo José Freire de Campos.

“Nós temos uma integração muito grande com as forças de segurança, estamos fazendo essa cooperação com os órgãos de segurança pública, com ações de curta duração e objetivos pontuais e bem definidos. Poucos países eu diria que têm hoje o nível de integração no campo tático e operacional que as Forças Armadas estão tendo com as forças de segurança no caso do Rio de Janeiro”, afirmou o brigadeiro.

Em relação ao plano para impedir que drogas e armas possam chegar ao Rio de Janeiro, o chefe da Secção de Policiamento da Polícia Rodoviária Federal, André Ramos, disse que foram colocados cercos de divisa e o cerco metropolitano, com atividade voltada para o tráfico de drogas e o tráfico de armas.

“Nesses três meses de operação, são 59 armas de fogo, 282 veículos recuperados, mais de uma tonelada de maconha, mais de 100 quilos de cocaína, 662 pessoas detidas e encaminhadas para a polícia judiciária”, falou Ramos.

Jungmann informou que não está abandonando a Rocinha, justificando que a saída das Forças Armadas é preciso para que elas ajam em outros lugares. Ele ainda afirmou que a situação mudou na favela, depois da operação efetuada.

“O delito zero ou a ocorrência de crime zero é uma utopia. Falávamos de uma guerra entre gangues, falávamos de uma população aterrorizada e presa nas suas casas. Isso não está acontecendo”, disse.

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