Variedades

Não ao preconceito: K-pop é como qualquer outro gênero musical

“Apesar de ser um estilo muito amado e que cresce cada vez mais ao redor do mundo, o k-pop ainda sofre preconceito por ser de uma cultura diferente. A discriminação acontece tanto com os k-poppers (quem é fã, ouve e gosta do gênero) que escutam comentários e julgamentos, como os próprios grupos e idols que muitas vezes recebem mensagens de ódio na internet.

Como o nome já exemplifica, k-pop é o gênero musical pop, porém com letras em coreano… não é nada diferente disso. Além do mais, é um estilo bastante abrangente e com músicas para todos os gostos, seja ele rap, eletrônico, fofo, sexy, entre outros.

Se engana quem pensa que o k-pop surgiu agora por causa de sua exposição tão presente atualmente, mas mesmo assim, por conta da falta de conhecimento, muitas pessoas tratam o assunto com desdém, comentários ofensivos, comparações xenofóbicas, etc.

Outra coisa que ajuda na alienação é a equivocada informação que fãs de k-pop são todos adolescentes, fazendo com que pessoas mais velhas já revirem os olhos quando ouvem sobre o assunto. Muitas vezes esse tipo de engano é visto nos próprios meios de comunicação, que quando buscam informar sobre o assunto, falam como se fosse um gênero exclusivamente jovem. Porém não é isso, pode-se dizer que a maior parte dos k-poppers estão em faixas etárias mais jovens? Sim, mas eles não são os únicos. Em rápidas pesquisas na internet, ou por meio de conversas em grupos de redes sociais como o Twitter e Facebook, é possível encontrar fãs de todas as idades, de filhos até os pais. Música não tem preconceito, não tem gênero, nem idade ou língua única, ela rompe barreiras e alcança o mundo todo.

E para os que se enganam, xenofobia não é apenas bater em imigrantes, xingar pessoas de outras nacionalidades, etc. Ter qualquer tipo de preconceito com pessoas de outros países já se encaixa no termo. Comentários como “são todos iguais”, “não parecem meninos”, “nem abre o olho direito” estão muito presentes na internet, principalmente em redes sociais, e podem não parecer prejudicial para quem fala, mas além de ser ofensivo, também mostra intolerância, hostilidade e desmerecimento de uma cultura.

Além do preconceito com a etnia, também há casos de homofobia. Quando pessoas chamam os idols de gays, criticam o uso da maquiagem ou insultam quando alguém tem feições delicadas, usando termos pejorativos, como se homossexualidade fosse uma ofensa.

No fim do ano passado, quando Kim Taehyung (nome artístico, V), membro do BTS, foi considerado o rosto mais bonito do mundo em 2017 pela Independent Critics, o que muito se via nos comentários das matérias que falavam sobre o assunto eram frases preconceituosas ou discursos xenofóbicos, que se disfarçavam de piada.

Em outra situação, alguns alegam não gostar porque não entendem coreano, mas, por exemplo, sabemos que não é toda a população mundial que tem fluência no inglês, ou seja, se é possível ir até o Google e pesquisar em sites de tradução o que as letras de artistas americanos, britânicos e canadenses querem dizer, isso também pode acontecer com o k-pop. A má vontade de procurar mais sobre o gênero para então falar bem ou mal do assunto com propriedade, mostra como isso acontece por se tratar de uma cultura não ocidental, e por isso, menos aceita por aqui.

Isso não significa que todos devam amar e se render ao k-pop, não gostar de um gênero é normal, porém é errado quando essa afirmação vem seguida de comentários preconceituosos ou equivocados.

Quem está fora do mundo do k-pop às vezes não sabe, mas seja em relação aos fãs do gênero, eles são muito criticados e julgados por seu gosto musical. O preconceito existe e mostra que uma parcela da população ainda deixa a ignorância vencer.

O ideal é assistir aos MVs (videoclipes) e ouvir as músicas com o coração aberto. É uma cultura diferente, que pode ser estranha à primeira vista, mas que merece respeito como todas as outras. Ninguém deve ser criticado por uma música, filme, ou série que lhe faz bem e é significativo de alguma forma em sua vida.”

Texto de Gaby Brandalise – Jornalista, escritora e dona de um canal no YouTube [confira aqui]*

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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