“Capturados, mutilados e queimados”. Assim detalhou Femi Fani-Kayode, ex-ministro da Cultura da Nigéria, sobre o destino final dos nigerianos que são traficados na Líbia.
Fani-Kayode lamenta e denuncia a situação dos subsaharianos que chegam à costa do Mediterrâneo, na esperança de uma vida melhor na Europa, mas são capturados no caminho e tratados como escravos. Com informações do International Business Times.
Em julho deste ano, a Organização Internacional de Migração (OIM) advertiu que os migrantes foram vendidos em mercados de escravos públicas da Líbia. Segundo os relatos, pelo menos 20 mil foram capturados por criminosos e levados a centros de detenção.
Fani-Kayode, que estudou direito na Universidade de Cambridge, diz que três quartos das pessoas capturadas foram vendidas como escravos na Líbia e na região do sul da Nigéria.
“Seus corpos foram mutilados, seus órgãos extraídos e depois foram queimados… queimados vivos! Isso é o que os líbios fazem para os africanos subsaarianos que estão procurando um ponto de trânsito para a Europa, vendendo-os como escravos e assassinando, mutilando e torturando. Quando não é isso, eles os fazem trabalhar até a morte”, denuncia.
Fani-Kayode também criticou o presidente nigeriano Muhammadu Buhari por não ter feito o suficiente para proteger as vítimas. A respeito disso, lamentou que o ditador líbio Muammar Gaddafi tenha sido derrubado, o que criou um vácuo de poder que permitiu que o crime organizado prosperasse na Líbia.
Uma recente operação secreta revelou que homens são comprados e vendidos por US $ 400 em mercados de escravos. Uma situação lamentável!
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