Você já ouviu falar sobre desalentados? O trabalhador que não tenha procurado emprego nos últimos 30 dias, já é considerado um. O número de pessoas desalentadas é influenciado por vários vários fatores, até por notícias relacionadas à crise e entre as pessoas que se enquadram nesse grupo, 55,7% são mulheres, 22% têm idade entre 18 e 24 anos e 42,1% não completou o ensino fundamental.
Os desalentados são os desempregados que desistiram de tentar se inserir no mercado de trabalho. Alguns porque acreditam que não vão conseguir um emprego e outros porque se acham muito jovem, muito idoso ou pouco experiente. Eles são marcados pela falta de esperança mas, apesar de terem desistido de procurar uma vaga, são unanimes em declarar que, se aparecesse uma oportunidade, estariam disponíveis para o desafio.
Muitos desalentados são jovens, que enfrentam dificuldade de ingressar no mercado de trabalho devido à baixa escolaridade e inexperiência. O dado é preocupante a longo prazo pois o país poderia estar produzindo muito mais se incluísse essas pessoas em postos de trabalho.
Segundo pesquisadores são necessárias políticas públicas de qualificação para garantir que quem perdeu o emprego não saia de vez do mercado. Se existe um problema de reabsorção, é preciso tratar de requalificar a mão de obra. Esse é o receio de Sauny Lobo Silva, 25 anos. Ela estava com seus estudos atrasados e por esse motivo sentia muita dificuldade de conseguir um emprego. Para sair do grupo de desempregados que não possuíam o ensino médio completo, optou por fazer o EJA – Educação para jovens e adultos. Hoje ela tem oportunidade de fazer um estágio em uma empresa de Call Center, mas está no seu último ano de EJA e tem medo de como será depois. “Já tenho 25 anos e, na última vez que procurei emprego, fiquei seis meses sem conseguir nada”, desabafa.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), no Brasil, no 4º trimestre de 2017, os desalentados chegaram a 4,3 milhões de pessoas. A Bahia era o estado com o maior número de pessoas nessa situação, seguido pelo Maranhão, com 410 mil. Estes estados contribuíram para a Região Nordeste apresentar 59,7% – 2,6 milhões de pessoas – do total da população desalentada no Brasil.
Somando os desalentados com 12,3 milhões de desocupados, pessoas que estão procurando emprego; e os 6,5 milhões de subocupadas, que estão trabalhando, mas gostariam de trabalhar mais horas semanais e as 7,6 milhões de pessoas que estão fora da força de trabalho, é possível perceber que falta trabalho para 26,4 milhões de brasileiros.
Sabendo da importância da qualificação, a estudante Gabriela Vitória, 20 anos, não está à procura de um de um emprego no momento e quer primeiro focar no seus estudos. Por motivos de saúde ela ficou sem estudar por um bom tempo e agora entrou no EJA para concluir o ensino médio e ingressar na sonhada faculdade de Fisioterapia. Mesmo com seu foco sendo os estudos, Gabriela conta que sente a dificuldade de conseguir um emprego.
“Conheço muitas pessoas desalentadas, estavam há muito tempo procurando emprego e nunca conseguiam. Por um tempo essas pessoas desistiram, mas hoje, elas estão investindo no emprego informal e trabalhando para si mesmas”, conta a estudante que está feliz com a decisão de focar nos estudos. “Emprego realmente está difícil, mas eu sei que quanto mais qualificação a gente tiver, mais oportunidades vão surgir”, aposta a estudante.
Gabriela está certa. Quanto mais investimos em qualificação, maiores serão as oportunidades de trabalho. Se você não concluiu o Ensino Médio ou está desempregado e quer investir em um curso, saiba que o Educa Mais Brasil pode ajudar você. O programa educacional oferece bolsas de estudo de até 50% para EJA- Educação para Jovens e Adultos, cursos profissionalizantes e curso técnicos. Entre no site do Educa Mais, escolha a modalidade de ensino do seu interesse e faça sua inscrição. É gratuita!
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.