Um levantamento feito pela empresa Recovery, do Grupo Itaú, especializada em recuperação de crédito no Brasil, mostrou que as mulheres estão mais em dia com suas dívidas do que os homens. Segundo os dados da pesquisa, em janeiro deste ano, 22.017 débitos foram pagos por mulheres, enquanto em 2022 e 2021, este número ficou em 14.301 e 10.921, respectivamente.
Os resultados da pesquisa também mostram que a quantidade de mulheres inadimplentes aumentou nos últimos dois anos, passando de 9,8 milhões em 2019 para 12,4 milhões em 2021. Ainda assim, as mulheres mostraram uma maior disposição para quitar suas dívidas do que os homens.
Segundo a diretora de Produtos B2C, Marketing e Atendimento ao Cliente da Recovery, Marcela Gaiato, a diferença pode ser explicada pelo fato de que as mulheres têm uma relação mais cuidadosa com o dinheiro e com as finanças da casa. “As mulheres estão mais preocupadas com as contas da casa, com a educação dos filhos, com a saúde da família, e por isso, acabam sendo mais responsáveis financeiramente”, afirma.
O estudo usou como referência a base da Companhia que possui mais de 34 milhões de pessoas com dívidas e, em janeiro, 15 milhões eram mulheres.
Além disso, a pesquisa mostrou que as principais dívidas das mulheres são empréstimos e cartão de crédito. E, embora a maioria das mulheres inadimplentes tenha uma renda de até R$ 1.500, elas estão conseguindo quitar suas dívidas de forma mais eficiente.
Outro ponto interessante da pesquisa é que as mulheres com mais de 60 anos são as que mais concentram dívidas, o que pode ser explicado pelo fato de que muitas delas já estão aposentadas e enfrentando uma queda na renda. Por outro lado, as mulheres entre 18 e 25 anos e entre 26 e 30 anos são as que menos acumulam dívidas, o que pode ser explicado pelo fato de que muitas delas estão em início de carreira e ainda não possuem grandes responsabilidades financeiras.
Por fim, a pesquisa da Recovery também mostrou um recorte regional das mulheres inadimplentes. A região Sudeste concentra o maior número de mulheres com dívidas (48,4%), seguida pelo Nordeste (26,8%), Sul (12,2%), Centro-Oeste (6,8%) e Norte (5,9%).
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