O Ministério Público Federal (MPF) investiga o deputado Rogério Marinho (PSDB–RN) por crimes supostamente praticados na campanha eleitoral para a Prefeitura de Natal em 2012. De acordo com o que foi levantado pela Polícia Federal, há indícios de que o parlamentar teve participação em crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A autorização para o inquérito foi concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, após pedido da Procuradoria-Geral da República. Em sua decisão, Mendes afirmou que existem “elementos suficientes para corroborar a suspeita”.
Desde a deflagração da Operação Manus, que prendeu o ex-deputado Henrique Alves, em junho de 2017, a PF vinha reunindo indícios para incriminar Marinho. De acordo com o material probatório que dá embasamento ao pedido de inquérito, o deputado teria, durante sua campanha à prefeitura do Natal, feito um “caixa 2”.
Segundo apuração, Rogério Marinho teria declarado ter pago R$ 499 mil à uma empresa que prestou seus serviços de comunicação na época. Porém, de acordo com os registros encontrados em investigação, o contrato valeria cerca de R$ 1,9 milhão e teriam sido efetuados em espécie e através de cheques.
O Ministério Público, no pedido encaminhado ao ministro Gilmar Mendes, concluiu que se há indícios de que foram pagos à empresa o equivalente de “R$ 1.900.000,00 e só foi declarado o valor de R$ 499.000,00, há um passivo não informado ao órgão eleitoral de R$ 1.401.000,00”.
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