(ANSA) – Uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre o senador Flavio Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, apontou indícios de um esquema no gabinete do político, quando ele era deputado estadual, para desviar recursos públicos.
Promotores disseram que havia uma “clara divisão de tarefas” para que os desvios ocorressem. A informação foi revelada ontem (15) pela revista “Veja”, que publicou um relatório do MPRJ sobre indícios de lavagem de dinheiro com imóveis. A suspeita é de que Flavio Bolsonaro mascarou uma operação de desvio de dinheiro público fazendo transações imobiliárias com 19 imóveis entre os anos 2010 e 2017, avaliadas em R$ 9 milhões. Ele teria lucrado R$ 3 milhões nas transações.
O documento foi usado pelo MP para justificar o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal à Justiça de 95 pessoas ligadas a Flavio Bolsonaro. Em nota publicada no Twitter, o senador afirmou que “não são verdadeiras as informações vazadas na revista Veja acerca de meu patrimônio”.
“Continuo sendo vítima de seguidos e constantes vazamentos de informações contidas em processo que está em segredo de justiça.
Os valores informados são absolutamente falsos e não chegam nem perto dos valores reais. Sempre declarei todo meu patrimônio à Receita Federal e tudo é compatível com a minha renda”, disse.
“Os valores informados são absolutamente falsos e não chegam nem perto dos valores reais. Sempre declarei todo meu patrimônio à Receita Federal e tudo é compatível com a minha renda”, acrescentou. Flávio Bolsonaro passou a ser investigado pelo MP após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar movimentações atípicas de seu ex-assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Fabrício Queiroz. Reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” desta quinta-feira (16) afirma que a quebra do sigilo de Flávio atinge também ao menos cinco ex-assessores de Jair Bolsonaro que trabalharam tanto no gabinete do pai quando era deputado federal como no de Flávio na Alerj.
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