O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, fez um duro discurso nesta terça-feira (10) durante a posse do novo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e afirmou que “todos os responsáveis” pelos atos terroristas ocorridos em Brasília no último domingo (8) serão punidos.
“O Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal, tenho absoluta certeza, com o apoio dentro da legalidade, da Polícia Federal, as instituições irão punir todos os responsáveis. Todos. Aqueles que praticaram os atos, aqueles que planejaram os atos, aqueles que financiaram os atos e aqueles que incentivaram por ação ou omissão. Porque a democracia irá prevalecer“, disse o ministro que está lidando com os processos ligados aos ataques à democracia.
Durante seu discurso, Moraes ainda repetiu que não há chance de “apaziguamento” com essas pessoas, assim como havia escrito na determinação da madrugada da última segunda-feira (9) quando determinou a prisão de todos os envolvidos na destruição em Brasília e na dissolução dos acampamentos dos bolsonaristas em frente a quartéis das Forças Armadas em todo o país.
Para o ministro, “se o apaziguamento tivesse dado certo, não teríamos tido a Segunda Guerra Mundial” porque a “teoria ou a ideia do apaziguamento ou é por covardia ou por interesses próprios“.
“O que nós temos que combater firmemente é o terrorismo. Temos que combater firmemente as pessoas antidemocráticas, as que querem dar o golpe, as que querem o regime de exceção. Não é possível conversar com essas pessoas de forma civilizada. Essas pessoas não são civilizadas. Basta ver o que fizeram no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e, com muito mais raiva e ódio, no Supremo Tribunal Federal“, pontuou ainda.
Moraes também ironizou as reclamações dos mais de mil detidos que estão na Academia Nacional de Polícia Federal e que estavam no acampamento em frente ao quartel do Exército na capital federal.
“Não achem esses terroristas que até domingo faziam baderna e crimes que agora reclamam porque estão presos querendo que a prisão seja uma colônia de férias… Não achem que as instituições irão fraquejar“, acrescentou. Moraes também ressaltou que as instituições “não são feitas só de mármore, de cadeira, de mesas, mas de pessoas e de coragem“.
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