O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, prometeu concluir ainda nesta quinta-feira (30 de abril) a análise de todos os cadastros que foram realizados no aplicativo do auxílio emergencial até o último domingo (26 de abril). Segundo ele, depois disso, será possível dar mais celeridade na resposta daqueles brasileiros que solicitaram o benefício. A previsão do ministro é de diminuir para três dias o tempo de avaliação das pessoas elegíveis para receber o coronavoucher.
De acordo com Onyx, a análise tem demorado mais do que o esperado porque, dos 98 milhões de CPFs já mapeados pelo Ministério da Cidadania, 32,8 milhões foram considerados inelegíveis. “Isso demonstra que houve tentativas de burlar da legislação e isso acabou dificultando a rapidez de análise de quem tinha direito”, disse.
Ainda de acordo com Onyx, o governo já encontrou 50,5 milhões de brasileiros elegíveis aos R$ 600. O auxílio emergencial, porém, foi pago a 45 milhões de pessoas até agora. “Devemos nos próximos dias ter o pagamento de mais cinco milhões para vencer a primeira parcela. E, na próxima semana, vamos poder anunciar a data do início do pagamento da segunda parcela”, garantiu o ministro.
A estimativa de Onyx é de que o calendário da segunda parcela seja anunciado na próxima segunda-feira (dia 4 de maior). O cronograma será redesenhado junto com a Caixa Econômica Federal, depois que o governo conferir o pagamento dos R$ 35 bilhões que já foram transferidos ao banco com o intuito de garantir a primeira parcela da renda básica dos informais.
CPFs inconclusos
Onyx ainda informou que 13,6 milhões de brasileiros terão de entrar no aplicativo para fazer uma revisão cadastral e, assim, saberem se têm direito aos R$ 600. Essas pessoas, de acordo com o ministro, ainda não foram aprovadas por conta de inconclusões no cadastro inicial. “Nós temos CPFs inconclusos. Isso, por exemplo, pode estar na composição familiar onde o pai registra uma família, a mãe registra a mesma família, e nós não podemos fechar porque nós precisamos ter clareza de quem é o cabeça desta família”, explicou o ministro.
De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Cidadania, Antônio José Barreto, em alguns dos casos de cadastros inconclusivos a própria pasta definiu a mãe como sendo a chefe da família. Ele explicou que isso foi possível porque, ao conferir os dados, a Dataprev constatou “famílias convergentes”, ou seja, aquelas em que tanto a mãe quanto o pai informaram a mesma quantidade de membros que têm na família ao se cadastrarem no aplicativo ou no site.
“Apesar de esse cadastro estar sendo devolvido ao cidadão para que ele corrija os dados, nós tomamos a opção técnica de dizer que o chefe escolhido neste caso, dessa família convergente, será a mãe. Então, independentemente do que a família vier a corrigir, nós optamos por acelerar em paralelo a ela. Assim, aceleramos também a análise do pagamento dessas famílias, independente do tempo que ela demore em se cadastrar novamente no aplicativo”, explicou.
Por outro lado, há cadastros inconclusivos em que duas pessoas da mesma família deram informações diferentes na hora do cadastro, em especial da quantidade de membros. “A mãe pode ter inserido uma composição diferente do pai. Entendendo que existem essas divergências e como o cadastro inconclusivo nos impede de avaliar qual é a verdadeira composição dessa família, a gente pede às pessoas para mostrar qual é o tamanho da família dela e colocar os CPFs de todos os integrantes”, comentou Barreto.
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