Variedades

Medicamentos ficam 10,89% mais caros a partir de 1º de abril

Recomposição poderá ser aplicada a cerca de 13 mil produtos disponíveis no mercado varejista

O brasileiro segue sem um dia de paz. Se já não bastasse a inflação que majora de forma grosseira itens básicos, a bola da vez são os medicamentos: ele ficarão 10,89% mais caros a partir de 1º de abril, quando entrará em vigor a autorização do governo federal para reajuste dos remédios pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que define o preço máximo ao consumidor em cada estado.

O reajuste é calculado por meio de uma fórmula que leva em conta a variação da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ganhos de produtividade das fabricantes de medicamentos e variação dos custos dos insumos e características de mercado. O anúncio foi feito nesta terça-feira (dia 29) pela Câmara.

O reajuste, segundo o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), veio em linha com o esperado por eles.

Os medicamentos têm um dos mais previsíveis e estáveis comportamentos de preço da economia brasileira” – afirmou o presidente-executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.

De acordo com a lei, segundo o Sindusfarma, a recomposição anual de preços definida pelo governo poderá ser aplicada a cerca de 13 mil apresentações de medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro.

Mas o reajuste não é automático nem imediato, pois a grande concorrência entre as empresas do setor regula os preços: medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda“, informou em nota.

Inflação acumulada

No acumulado de 2021 e 2020, os medicamentos subiram, em média, 3,75%, enquanto a inflação geral no Brasil saltou para 15,03%, gerando uma diferença para menos de 11 pontos percentuais. No mesmo biênio, os alimentos subiram 23,15%, e os transportes, 22,28%, de acordo com o IBGE. Ou seja, quase seis vezes mais do que os medicamentos.

Em 2021, os medicamentos subiram 6,17% ante a inflação geral de 10,06%, de acordo com o IPCA, medido pelo IBGE. Em 2020, a inflação dos medicamentos foi negativa (-2,28%), ante a carestia geral de 4,52%.

Fórmula de reajuste

No início do ano, o Comitê Técnico-Executivo da CMED decidiu fixar em zero dois fatores que compõem a fórmula do reajuste dos preços dos medicamentos para este ano: o fator de produtividade (Fator X) e o fator de ajuste de preços relativos intrassetor (Fator Z), mais o fator Y — que se refere a ajuste de preços relativos entre setores — e a inflação.

O primeiro deles, o fator X, é estabelecido a partir da estimativa de ganhos futuros de produtividade das empresas que compõem a indústria farmacêutica no país. Segundo um comunicado da Anvisa, o Fator Z também terá valor igual a zero, conforme preveem as regras de uma resolução do comitê que estabelece os critérios de composição de fatores para o ajuste de preços de fármacos.

No ano passado, o reajuste autorizado foi de até 10,08% para os medicamentos, ante uma inflação de 4,52% no ano anterior.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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