A presidente Dilma Rousseff afirmou na noite desta terça-feira (13) que o Brasil vive uma “crise política séria” e necessita de “estabilidade política”. Segundo ela, a oposição tenta chegar ao poder por meio de “golpe” e busca “construir de forma artificial o impedimento de um governo eleito”. Dilma fez as declarações ao discursar na abertura do 12º Congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo, para uma plateia de sindicalistas e políticos, entre os quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente do Uruguai José Mujica e o presidente nacional do PT, Rui Falcão.
Logo após falar na necessidade de estabilidade política, o público passou a entoar o coro “Não vai ter golpe”. De acordo com a presidente, o que chamou de “terceiro turno” começou no dia seguinte à eleição. “Nós, sem dúvida nenhuma, vivemos uma crise política séria no nosso país. E que neste exato momento se expressa na tentativa dos opositores ao nosso governo de fazer o terceiro turno. Essa tentativa de fazer um terceiro turno começou no dia seguinte às eleições”, afirmou.
Para Dilma, “o artificialismo dos argumentos [da oposição] é absoluto”. Segundo ela, “a vontade de se produzir um golpe contra as leis e as instituições é explícita”. “Não há nenhum pudor porque votam contra o que fizeram quando estavam no poder. Envenenam a população nas redes sociais e na mídia. O pior é que espalham o ódio, espalham a intolerância”, declarou.
Através do Facebook, a presidente questionou: “Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra?”. Dilma ainda usou a rede social para garantir que irá continuar no cargo que lhe “foi concedido pelo voto popular”.
Leia a publicação na íntegra:
“Eu me insurjo contra o golpismo e suas ações conspiratórias. Pergunto, com toda a fraqueza: quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra? Eu lutei a minha vida inteira pela liberdade e vou continuar lutando. E agora tenho ido à luta mais uma vez, e irei quantas forem necessárias. Lutarei para defender o mandato que me foi concedido pelo voto popular, pela democracia e pelo nosso projeto de desenvolvimento, de inclusão social, de combate às desigualdades.
Eu sou presidenta porque fui eleita pelo povo, em eleições lícitas. Tenho a meu favor a legitimidade das urnas, que me protege e a qual eu tenho o dever de proteger. Eu sou presidenta para defender a Constituição e a democracia tão duramente conquistada por nós.
Sou presidenta para travar as boas lutas civilizatórias, como a luta de gênero, o racismo, contra a intolerância, para implementar o Plano Nacional de Educação, para reformar o nosso sistema de representação política. Sou presidenta para dar continuidade ao processo de emancipação do nosso povo da pobreza, da exclusão, para fazer do Brasil uma Nação de oportunidades para todas e todos.”
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