Contrariando todos os indícios dados pela economia, a empresa alimentícia norte-americana McDonald’s observou um crescimento real nas suas vendas de 3%, mesmo enfrentando a forte retração do mercado nacional. Num cenário de forte crise política, econômica e até mesmo jurídica, a rede de lanchonetes surpreendeu o mercado com seus números ascendentes.
Alguns fatores podem explicar o sucesso da franquia. Um deles é o fator de ter voltado utilizar do serviço de delivery de terceiros, além do seu próprio, em alguns estabelecimentos. Os aplicativos para celulares e tablets disponíveis fizeram com que o acesso a este tipo de venda se diversificasse e passasse a ficar acessível a diferentes tipos de consumidor.
Em algumas praças, o aumento chegou a até 50%, vide o caso de Brasília, o que pode explicar em parte estes números surpreendentes. Outro fator, muito importante, foi a diversificação de cardápio, com a opção por alguns tipos de sanduíches “gourmets”, que atraíram um tipo de consumidor diferente do cliente habitual da empresa.
A nova linha de opções, denominada Signature, conta com ofertas um pouco mais caras, mas diferenciadas. Carnes e molhos originais, tais como o dijon, a guacamole (no Original Mex), além dos bifes de gado angus. Mesmo com a entrada de concorrentes tradicionais no mercado norte-americano (Wendy’s e Taco Bell inauguraram lojas no Brasil), Ronald McDonald pôde rir a vontade no ano passado.
O Brasil possui cerca de 900 lojas em 23 estados, além do Distrito Federal; a maior rede de franquias de todo o planeta. Ela movimentou sozinha aproximadamente 1,3 bilhão de dólares no país em 2016, sendo 318,2 milhões apenas no último trimestre do ano.
É para se observar o desempenho da empresa dos arcos dourados neste ano, com a concorrência ainda mais acirrada e a flexibilização das leis trabalhistas que o Congresso Nacional acaba de aprovar. O mercado anda muito turbulento, sujeito a muita cautela.
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