(ANSA) – A cidade de Wuhan, na China, onde foram registrados os primeiros casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2), o Covid-19, proibiu a caça, a venda e o consumo de animais selvagens pelos próximos cinco anos.
Segundo comunicado divulgado na noite desta quarta-feira (20), as novas normas já têm efeito imediato e são estruturadas em 10 pontos principais. A ideia é que com isso seja mais difícil conseguir qualquer tipo de licença para a venda desse tipo de carne.
Entre as justificativas para a decisão, estão a proteção da fauna selvagem em vias de extinção, a proibição da caça aos animais e o reforço de campanhas educativas e publicitárias sobre a proteção dos bichos.
Só serão permitidos os abates dos animais selvagens caso a finalidade seja a “pesquisa científica, o controle da população e o monitoramento de doenças epidemiológicas”.
Apesar de ainda não se saber qual animal fez o chamado “salto de espécie” do novo coronavírus, há uma grande suspeita de que a transmissão tenha ocorrido em um mercado público de Wuhan.
Um estudo recente descartou que o pangolim, um mamífero muito consumido na Ásia, teria sido responsável pela transmissão, mas ainda há suspeitas sobre morcegos ou outros animais selvagens.
Desde fevereiro, a China vem reforçando o controle no consumo de carnes exóticas para tentar diminuir os riscos de uma nova epidemia se instalar.
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