(ANSA) – Movimentos sociais e sindicatos voltaram às ruas nesta sexta-feira (31) para protestar contra a reforma da previdência proposta pelo governo de Michel Temer e a lei que regulamenta a terceirização.
Em São Paulo (SP), membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) bloquearam com barricadas a Avenida Jacu Pêssego, na zona leste, mas o ato durou apenas até as 8h. Protestos também ocorreram na Estrada do M’Boi Mirim, na zona sul, e no km 272 da rodovia Régis Bittencourt, em Taboão da Serra.
Em Vitória (ES), o ato aconteceu em frente a um edifício da Petrobras e reuniu cerca de 50 pessoas. Já em Recife (PE), manifestantes fecharam a BR-101 nos dois sentidos. Ao todo, protestos devem ser realizados em mais de 15 estados do país.
As manifestações foram convocadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que pretendem organizar uma paralisação nacional no próximo dia 28 de abril.
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A reforma da Previdência proposta por Temer aumenta a idade mínima de aposentadoria para 65 anos, tanto para homens quanto para mulheres. Além disso, para receber o teto do benefício, o trabalhador precisará contribuir por pelo menos 49 anos.
O governo ainda pretende alterar a legislação trabalhista para permitir que negociações coletivas se sobreponham à lei. Já o projeto que regulamenta as terceirizações, que aguarda sanção de Temer, autoriza empresas a contratarem funcionários terceirizados para atividades-fim, ou seja, para sua principal área de atuação.
Hoje a legislação permite apenas a terceirização nas atividades-meio. Por conta desse pacote, milhares de manifestantes saíram às ruas no último dia 15 de março, na primeira onda de grandes manifestações contra o governo.
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