Uma das maiores vilãs da alta inflacionária do Brasil deste ano, a conta de luz das residências pode subir mais 8% ainda este ano a depender da região do país. O aumento é devido ao cumprimento de decisão judicial que levou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a livrar, na quinta-feira (24), os integrantes da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) do pagamento de parte dos programas bancados pelo fundo setorial Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Sem o dinheiro das indústrias, as despesas terão que ser pagas pelos consumidores residenciais. Com o novo rateio, a Aneel estima que as contas de luz terão que subir até 8% no próximo reajuste tarifário, que, dependendo da empresa, pode ser ainda neste ano ou apenas em 2016.
De acordo com cálculos da Aneel, as distribuidoras, assim como os consumidores, terão suas receitas afetadas, só que em até 5%. As empresas terão que pagar o encargo com caixa próprio até a data do próximo reajuste. O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, disse que as companhias que tiverem desequilíbrio econômico-financeiro poderão apresentar pedidos de reajuste extraordinário.
Relator do processo, o diretor André Pepitone disse que o órgão regulador ainda tenta derrubar a decisão favorável à Abrace no Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Abrace entrou na Justiça e conseguiu livrar seus associados de recolherem o encargo sob a tese de que essas despesas deveriam ser pagas apenas pelos consumidores do mercado cativo. Ao todo, os gastos questionados pela Abrace atingem R$ 6,9 bilhões.
Petrobras aumenta preço do gás pela segunda vez no mês
Em busca de alternativas para reverter sua fragilidade financeira, a Petrobras anunciou, na quinta (24), novo reajuste no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) nas distribuidoras – a segunda alta em menos de um mês. Mas, dessa vez, o reajuste não afeta o preço do botijão de 13 kg, destinado ao uso residencial.
Válida a partir dessa sexta (25), a alta média de 11% afetará os preços do gás destinado a uso industrial, comercial e a granel. Com o reajuste, o produto custará no país em média 63% mais caro que no mercado internacional.
Em nota, a estatal informou que espera um impacto sobre o preço cobrado ao consumidor final de 5%, de acordo com a destinação do produto. Para o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás (Sindigas), entretanto, o impacto pode chegar a até 10%. O aumento, porém, não terá impacto na inflção oficial (IPCA), que só leva em conta para o cálculo da taxa o botijão de 13 kg.
Anatel aprova reajuste de custo de ligações de fixo para celular
O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou em reunião ontem um reajuste de até 7,3% nas tarifas para as chamadas feitas de telefones fixos para celular.
O reajuste será de 5,54% no caso de ligações originadas por telefones fixos da Oi; de 3,38% no caso da Telefônica Brasil, que também é dona da Vivo; de 5,97% para Algar Telecom e Sercomtel; e de 7,3% para a Embratel, do Grupo Claro.
Os percentuais de reajuste distintos para cada concessionária são resultantes de períodos diferentes considerados para o cálculo do índice, segundo informou a Anatel à agência de notícias Reuters. O reajuste nos preços das ligações fixo-celular entra em vigor 48 horas após a sua publicação no Diário Oficial da União. Até a noite da quinta (24) não havia previsão de quando a publicação seria feita.
Com informações do iBahia
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