Dados alarmantes divulgados nesta sexta-feira (27) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), alertam para o fato de que mais de 1 bilhão de jovens se arriscam a sofrer danos auditivos porque ouvem música muito alta.
Segundo dados analisados pela OMS, quase 50% dos 2,5 bilhões de jovens entre 12 e 35 anos de países com renda média ou alta ouvem música em smartphones e outros eletrônicos em níveis danosos à audição. Além disso, 40% dessa mesma faixa etária estão expostos a barulhos excessivos em discotecas, bares e eventos esportivos por tempo prolongado.
“Cada vez mais jovens correm o risco de sofrer danos auditivos. Têm que ser conscientes de que a audição, uma vez perdida, não volta”, afirmou nesta sexta-feira a doutora Shelley Chahda, da OMS.
Uma exposição a níveis sonoros muito altos e de forma prolongada pode provocar danos irreversíveis. E sabemos que a audição uma vez perdida, não tornará a voltar.
Nos locais de trabalho, o ruído não deve superar os 85 decibéis para um máximo de oito horas diárias de exposição. Para se ter uma ideia, 85 decibéis é o ruído que uma pessoa ouve quando está dentro do carro em meio ao trânsito em horário de pico.
Muitos funcionários que trabalham em boates, bares ou na organização de eventos esportivos enfrentam níveis que chegam aos 100 decibéis. Segundo a OMS, uma pessoa não deveria se expor a um som como esse mais de 25 minutos por dia.
Visando a Jornada Mundial da Audição, no dia 3 de março, a OMS recomenda algumas medidas preventivas. Jovens e adultos devem reduzir o volume de seus dispositivos de áudio e telefones, evitar utilizá-los mais de uma hora por dia, usar tampões nos ouvidos nos locais muito barulhentos e fazer intervalos entre as sessões de alta exposição a volumes alto. O órgão também recomenda que os governos imponham rígidas medidas normativas sobre o som nos lugares públicos, e pede que os donos de boates e bares baixem o volume da música.
Hoje cerca de 360 milhões de pessoas sofrem algum tipo de dano auditivo pelo mundo. Isso ocorre devido a fatores como doenças infecciosas, genéticas, complicações durante o parto, uso de certos medicamentos, ruídos ou envelhecimento.
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