O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu neste sábado (20) a prorrogação do auxílio emergencial por mais dois ou três meses. “Todos os indicadores apontam uma forte queda da economia no terceiro trimestre”, justificou ele.
Maia cobrou que o governo prolongue o benefício. “Manter esta ajuda é premente. O governo não pode esperar mais para prorrogar o auxílio. A ajuda é urgente e é agora.”
O auxílio emergencial, no valor de R$ 600, foi criado para aliviar a perda de renda da população afetada pela crise econômica gerada pela Covid-19. O Congresso Nacional aumentou o valor do auxílio de R$ 200, na proposta inicial do governo, para R$ 600. Os parlamentares também incluíram previsão de pagamento em dobro para mulheres chefes de famílias.
Diferentemente da equipe econômica do governo que pretende deixar o auxílio em R$ 300,00, Maia defende que o valor atual de R$ 600,00 seja mantido. O presidente da Câmara afirmou que sua posição é acompanhada pela maioria dos deputados.
A proposta sancionada no início de abril previa o pagamento de três parcelas do benefício, portanto até o mês de junho. Com as perspectivas de permanência do coronavírus e das medidas de distanciamento social que afetam a economia, três partidos já têm propostas para estender o benefício por mais tempo: Cidadania, Psol e PT.
Durante reunião ministerial no começo do mês, o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou a intenção em prorrogar do auxílio emergencial, mas defendeu um corte de 50% no benefício, passando para R$ 300. O projeto aprovado pelo Congresso permite, se o Executivo assim desejar, fazer a prorrogação do auxílio, mas, como o valor defendido pelo governo é menor que o da lei, será necessário o envio de nova proposta, possivelmente uma medida provisória, para ser analisada pelo Congresso.
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