(ANSA) – O mafioso italiano Pasquale Scotti, 56 anos, quer continuar morando no Brasil após sua prisão em uma ação da Interpol e da Polícia Federal do Brasil, informou seu advogado, Marcelo Bettamio, ao jornal “Folha de São Paulo”. Segundo seu representante legal, o pedido se baseia no fato do italiano ser jurado de morte por rivais e porque quando ainda quando morava no país, na década de 1980, sua casa teria sido alvo de um atentado. Atualmente, Scotti está no presídio da Papuda, em Brasília, e agora aguarda o pedido de extradição do governo italiano.
Preso há uma semana, o mafioso chefe de um dos braços da Camorra estava em fuga há 31 anos. Na véspera do Natal de 1984, o italiano fugiu do hospital enquanto estava sob custódia policial e nunca mais foi visto em sua nação de origem. De acordo com a PF, ele vivia no Brasil há 28 anos e sua esposa e os dois filhos não sabiam de seu passado criminoso.
Com uma longa ficha de acusações criminais, Scotti só entrou na mira da Interpol em 1990, quando foi condenado por mais de 20 homicídios cometidos entre 1980 e 1983. Antes de fundar a “Nova Camorra Organizada”, criada após a prisão do chefão da Camorra, Raffaele Cutolo, o italiano era considerado o “engenheiro” dos crimes e do braço armado do grupo. Em 2005, a terceira seção da Corte de Assis condenou Scotti à prisão perpétua por uma série de assassinatos. A Itália tem três meses para requerer a extradição de seu cidadão.
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