(ANSA) – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou ontem (12) o fechamento por 72 horas da fronteira com a Colômbia para impedir a entrada de cédulas de 100 bolívares, as quais seu governo tenta extinguir. Maduro já tinha informado que retiraria as notas de circulação, mesmo que elas representem a de maior valor em uso atualmente no país.
De acordo com o presidente, “máfias colombianas estariam armazenando as cédulas de 100 bolívares” para desestabilizar a economia venezuelana, que há anos enfrenta uma crise de desabastecimento. “Eu peço o apoio de toda a Venezuela. A partir de hoje [ontem], fica fechada a fronteira da Colômbia, outra vez, por 72 horas”, informou Maduro no Palácio de Miraflores, em Caracas. “Eles [os colombianos] estabeleceram uma manipulação política, ideológica e econômica para manipular a moeda”, acusou. “
Esta medida era inevitável, necessária, estou certo de que sairemos mais forte do ponto de vista monetário e as máfias ficarão quebradas”, concluiu o mandatário, sucessor de Hugo Chávez.
A Venezuela e a Colômbia possuem desavenças históricas, baseadas em ideologias políticas e na influência norte-americana no continente.
Além disso, o país passa por uma grave crise econômica e política, que está sendo mediada pelo papa Francisco com a oposição e Maduro. Caracas também enfrenta oposição de países do Mercosul, como Brasil, Argentina e Paraguai, que tentam anular sua participação no bloco regional. Amanhã (14), a Argentina assumirá a Presidência temporária do organismo, durante uma cerimônia em Montevidéu, com uma reunião de chanceleres.
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