(ANSA) – O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Armando Monteiro, disse hoje, dia 10, que o novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, dá “sinais claros” de que uma parceria com o Brasil é “fundamental e estratégica” para seu país.
Segundo ele, o fato de Macri ter escolhido o Brasil como seu primeiro destino internacional após ser eleito, no final de novembro, é bastante simbólico.
Monteiro explicou que o comércio entre os países caiu nos últimos anos “por motivos internos de Brasil e Argentina”, mas que ele “precisa ser revitalizado” e essa parece ser uma boa oportunidade para isso. O mandatário argentino defendeu, ainda durante sua campanha eleitoral, a diminuição das restrições impostas pelo kirchnerismo.
“Ele [Macri] tem uma posição pró-comércio bastante aberta” e é esperado um aumento no fluxo comercial entre os países vizinhos.
Atualmente, o Brasil é o maior parceiro comercial da Argentina, sendo o principal destino de suas exportações e fornecedor de produtos. No ano passado, o intercâmbio bilateral alcançou a marca de US$ 28,4 bilhões. UE – O ministro ainda elogiou a disposição de Macri para acordos internacionais. Ele lembrou que um tratado entre Mercosul e União Europeia (UE), travado anteriormente por exigências da Argentina, “é prioritário”.
Após dizer que a proposta brasileira para o bloco europeu está pronta e “tem bom ponto de partida”, Monteiro confessou acreditar que a UE estava esperando o resultado do pleito na Argentina para dar continuidade aos debates.
Atualmente, a União Europeia é o maior parceiro comercial do Mercosul, respondendo por 20% do comércio do bloco sul-americano.
TPP
Sobre o histórico Acordo de Associação Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), ele disse que o Brasil estuda a possibilidade de se integrar, mas que é preciso estudar e conhecê-lo melhor. “Com um acordo desta magnitude, existe consequências em outras parcerias”, apontou.
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