Quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) assumiu o governo, em 2019, o então ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que era preciso “despetizar o Brasil”, ou seja, retirar todos os petistas que até então ocupavam cargos de confiança no Executivo federal.
A equipe de Bolsonaro exonerou centenas de funcionários identificados como militantes do PT que tinham cargos de comissão no Palácio do Planalto e nos ministérios.
Agora, antes mesmo de ser eleito, Lula avisou que iria organizar a administração pública federal. “Nós vamos ter que começar o governo sabendo que nós vamos ter que tirar quase oito mil militares que estão em cargos, pessoas que não prestaram concursos”, declarou Lula – de acordo com a revista Veja, durante reunião na Central Única dos Trabalhadores.
Em alguns órgãos, já existe até estudos prontos. Ainda de acordo com a revista Veja, oficiais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) encaminharam ao partido sugestões sobre como desmilitarizar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A reforma passaria pela extinção do órgão.
A modificação que o partido quer promover deverá atingir outras áreas do governo. Levantamento do Tribunal de Contas da União, realizado há dois anos, apontou que o número de militares que ocupavam cargos civis no governo Bolsonaro dobrou em relação ao governo de Michel Temer. Eram 2.765 em 2018. Em 2020, já passavam de 6 mil.
Com informações da Veja / Radar*
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