O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), anunciou há pouco que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assumir a Casa Civil da Presidência da República, no lugar de Jaques Wagner.
Ontem (15), Lula se reuniu, no Palácio do Planalto, por mais de quatro horas com a presidente Dilma Rousseff e na manhã de hoje voltou ao palácio, por volta das 9h. Também estão no Alvorada os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Educação, Aloizio Mercadante.
Desde ontem, a possibilidade de Lula ser nomeado ministro de Dilma repercute entre deputados favoráveis e contrários ao governo. Os petistas apoiam a iniciativa por conta da habilidade política do ex-presidente, enquanto os oposicionistas classificam a hipótese como tentativa de blindá-lo das investigações da Operação Lava Jato.
Impeachment e Lava Jato pressionaram Lula a virar ministro
O cargo dará ao petista o foro privilegiado para responder pelos processos judiciais e pelo pedido de prisão preventiva por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Na véspera dessa notícia, a possibilidade do petista ingressar na gestão Dilma agitou os mercados e investidores, além de fazer o dólar voltar a subir no início desta semana, após quedas consecutivas nos dias anteriores.
Dentro do governo Dilma, Lula também terá a responsabilidade de atuar nos bastidores para barrar um processo de impeachment contra a presidente. “Se estamos em um processo de economia difícil, que depende de um ajuste fino na área da política, todo mundo sabe que essa é a capacidade maior do ex-presidente: sua capacidade de aglutinar, de articular. É uma decisão dele”, comentou o até então ministro da Casa Civil, Jaques Wagner.
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