O primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, expressou suas condolências ao povo britânico após o ataque terrorista ocorrido nesta quarta-feira (22) contra o Parlamento. “A Itália está próxima ao povo e ao governo britânico diante do ataque que atingiu o coração de Londres e de suas instituições democráticas. Exprimo as minhas condolências, do governo italiano e as minhas pessoais, aos familiares das vítimas e a proximidade aos feridos. Itália e Reino Unido estão lado a lado na condenação e na firme resposta contra toda a forma de terrorismo”, disse Gentiloni.
Já a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que “mesmo que as circunstâncias deste ato devem ser ainda esclarecidas com precisão, confirmo em nome da Alemanha e de seus cidadãos a nossa luta contra qualquer forma de terrorismo é firme e decidida ao lado da Grã Bretanha”. Merkel ainda acrescentou que “nestas horas, somos solidários com nossos amigos britânicos e com todas as pessoas de Londres”.
Já a Casa Branca se manifestou através do porta-voz do governo de Donald Trump, Sean Spicer. O representante confirmou que o presidente conversou por telefone com a premier Theresa May e reafirmou a crença dos norte-americanos de que esse foi um “ato terrorista”. O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, também se manifestou condenando “este horrível ato de violência perpetrado por indivíduos com problemas ou terroristas”.
O premier francês, Bernard Cazeneuve, também se manifestou e expressou “solidariedade” aos britânicos neste momento “terrível” e disse que todos os franceses estão “prestando apoio” ao país.
Apesar da tensão entre União Europeia e Grã-Bretanha por causa da saída do país do bloco europeu, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, também se manifestou. “Meus pensamentos estão com as vítimas do ataque a Westminster. Europa está firma com o Reino Unido contra o terror e pronta para ajudar”, escreveu no Twitter.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em telefonema à premier Theresa May que seu governo “dará plena colaboração e apoio na resposta ao ataque” ocorrido nesta quarta-feira (22) em Londres e “para levar os responsáveis para a Justiça”. Trump ainda ofereceu suas “condolências” ao Reino Unido e elogiou “a eficácia na reação das forças de segurança e dos serviços de socorro”.
O que sabemos até agora sobre o atentado em Londres
No aniversário de um ano dos atentados que mataram 32 pessoas em Bruxelas, capital da Bélgica, em 22 de março de 2016, a cidade de Londres, no Reino Unido, voltou a ser palco de um ataque terrorista.
Ainda com a memória das explosões provocadas por jihadistas em julho de 2005, com 52 vítimas, a maior metrópole britânica ficou aterrorizada por conta de um novo atentado, cujas circunstâncias ainda permanecem envoltas em mistério.
O atentado
A Polícia Metropolitana de Londres ainda não esclareceu a dinâmica do atentado, mas a ação começou quando o agressor atropelou diversas pessoas na calçada da ponte de Westminster, situada em frente ao palácio homônimo, que abriga a sede do Parlamento, com um veículo modelo SUV.
O carro seguiu pela área de pedestres até se chocar contra uma grade do edifício. O motorista desceu do automóvel armado com uma faca e tentou invadir o prédio do Congresso, mas foi contido por dois policiais, sendo que um deles acabou esfaqueado e morto.
Segundo testemunhas, o outro começou a pedir ajuda, enquanto o agressor prosseguia sua corrida rumo ao Parlamento. Dois agentes à paisana o intimaram a parar e, ignorados pelo agressor, dispararam contra ele duas ou três vezes.
As vítimas
Por enquanto, o balanço oficial da Polícia contabiliza três inocentes mortos, incluindo o policial esfaqueado e mais duas pessoas atropeladas. Baleado, o terrorista também morreu. Pelo menos 20 pessoas ficaram feridas, inclusive três policiais e três estudantes franceses.
O agressor
A identidade do autor do ataque ainda não foi confirmada oficialmente, mas testemunhas dizem que se tratava de um homem de meia idade. Uma imagem do resgate do agressor mostra um indivíduo robusto, de pele morena, cabeça raspada e barba. Ele estava vestido de preto. A Polícia diz que apenas um homem participou da ação, mas continua buscando eventuais cúmplices.
Segundo o jornal “The Independent”, o agressor se chamava Trevor Brooks, porém era mais conhecido como Abu Izzadeen, um filho de jamaicanos nascido em Londres e velho conhecido dos serviços de inteligência. Ele teria se convertido ao islã aos 18 anos, em 1993, e chegou a ser preso por incitar o terrorismo. Na Internet, Brooks postou diversas mensagens de ódio contra os “infiéis” e sobre a importância de matar policiais.
A autoria
A Scotland Yard confirmou que o atentado foi um ato terrorista, mas nenhum grupo reivindicou sua autoria até o momento. Nas redes sociais, simpatizantes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) comemoraram o ataque e o definiram como uma “vingança” pelos bombardeios britânicos em Mosul, ex-fortaleza da milícia no Iraque.
O Reino Unido já foi palco de atentados de simpatizantes da Al Qaeda, em 2005, e de extrema-direita, em junho do ano passado, quando o ultranacionalista Tommy Mair assassinou a deputada Jo Cox, defensora da permanência do país na União Europeia.
Autoridades
A primeira-ministra britânica, Theresa May, estava no Parlamento na hora do ataque, mas foi rapidamente evacuada do local, que suspendeu todas as suas atividades, e levada para seu gabinete na Downing Street. Já o Palácio de Buckingham, residência oficial da rainha Elizabeth II, teve sua segurança reforçada.
Do Portal N10 com Agência Ansa
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