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Legalização dos jogos de azar pode ser votada em 2018

O projeto que autoriza e regulamenta a exploração do jogo do bicho, bingos, cassinos, apostas esportivas e não esportivas deve voltar à pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado e pode ser votado ainda neste ano.

A proposta é do senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí, mas foi transformada pelo relator Benedito de Lira, do PP de Alagoas, que prefere usar o termo “jogos de fortuna” ao invés de “jogos de azar”. O autor do projeto defende a necessidade de estipular um marco regulatório para a exploração destes jogos no Brasil.

“Eu acho que já está mais do que na hora do Brasil regulamentar os jogos no nosso país. A perda de arrecadação é em torno de R$ 20 bilhões, que poderiam nos ajudar muito, em especial na segurança.”

Outros parlamentares, no entanto, não apoiam o projeto e afirmam que esta legalização vai incentivar a lavagem de dinheiro e contribuir para o aumento do vício, como avalia o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP).

“A legalização de jogo trouxe ampliação do problema nos sistemas de saúde público, porque teve que ampliar a rede de atendimento e de tratamento no sistema de saúde público para combater um dos piores males do século, que é o mal do vício.”

De acordo com o autor do projeto, a proibição não altera o cenário de ilegalidade do jogo no Brasil, que movimenta anualmente mais de R$ 18 bilhões em apostas clandestinas. O texto contempla que o credenciamento para exploração do jogo de bingo e vídeo-bingo terá prazo de 20 anos, renovável por igual período, e será de responsabilidade dos estados. Já o credenciamento dos cassinos vai ter validade por 30 anos, podendo ser renovado por sucessivos períodos.

Além disso, o texto determina a inclusão das empresas autorizadas a explorar jogos de azar na Lei de Lavagem de Dinheiro, fazendo com que elas sejam obrigadas a cadastrar os clientes e a informar as operações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf.

Se o projeto for aprovado, outras medidas também deverão ser tomadas pelo Banco Central, no sentido de proibir o uso de cartões de crédito, por exemplo, em jogos de azar online administrados por empresa não-credenciada.

Segundo a proposta, quem receber premiações acima de R$ 10 mil deverá ser identificado pelos estabelecimentos para melhor controle. Essas informações deverão ser enviadas para o governo federal.

Se for aprovado na CCJ, o projeto, que é um substitutivo, deve passar por turno suplementar de votação. Isso quer dizer que haverá uma espécie de segunda votação do texto, mudando integral ou substancialmente a matéria original.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

One Comment

  1. Exatamente isso, já passou da hora do Brasil legalizar os jogos de fortuna – porque de azar eles não têm nada. São games que prometem diversão, entretenimento e ainda possibilidade de ganhos reais! Sem falar que uma vez regulamentado o Estado passará a arrecadar dinheiro com vários tributos, estima-se que algo em torno dos 20 bilhões de reais – uma quantia bem considerável nessa época de crise, não é mesmo? Vale a pena sim a regulamentação dessa modalidade porque existem coisas bem piores legalizadas e porquê não os jogos de fortuna?

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