Depois de ser condenado a 13 anos e sete meses de prisão por liderar uma organização criminosa que desviou mais de R$ 2,5 milhões dos cofres públicos, o ex-secretário estadual de Fazenda, Marcel de Cursi perdeu seu cargo público. A determinação foi da juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal.
Cursi foi preso desde 2015. O crime está sendo investigado pela Operação Sodoma I. O ex-secretário estava afastado do seu cargo desde então, porém continuou recebendo salário normalmente.
A juíza alegou que Cursi não estava tendo bom comportamento, por isso a decisão tomada por ela. Ela afirmou que o acusado “advogava contra a própria secretaria em que era lotado”, uma forma ilegal de ganhar extra, segundo a magistrada.
“A prática de crimes contra a administração e o fato de pertencer à organização criminosa desse vulto, praticando atos extremamente lesivos à instituição que deveria defender, revela que o estado não pode mais acolhê-lo como servidor e que os serviços prestados por este réu até o momento perderam o valor diante do dano causado ao estado de Mato Grosso”, diz trecho da decisão.
Marcel de Cursi desviou os valores dos cofres públicos por meio da concessão fraudulenta de incentivos fiscais a empresários por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).
Operação Sodoma I
Deflagrada em agosto de 2015, a operação da Polícia Civil de Mato Grosso investiga fraudes em licitação, desvio de dinheiro público e pagamento de propinas de uma empresa de informática e um posto de combustíveis ao grupo liderado pelo o ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB). Segundo as investigações, as duas empresas, juntas, receberam aproximadamente R$ 300 milhões do estado, em licitações fraudadas.
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