Depois de disparar contra um veículo onde havia uma turista espanhola, na favela da Rocinha no Rio de Janeiro, dois policiais militares envolvidos na ação foram presos em flagrante, determinado pela corregedoria da corporação da Polícia Militar do RJ (PMRJ). Porém, a juíza, Ana Paula Barros, concedeu liberdade provisória nesta quarta-feira (25) ao tenente Davi dos Santos Ribeiro e ao soldado Luiz Eduardo de Noronha Rangel.
Durante o depoimento, um dos PM’s acusado, Ribeiro reconheceu ter sido autor do disparo de fuzil que atingiu Maria Esperanza no pescoço. Mesmo com a liberdade, o tenente e o soldado não poderão exercer suas atividades, decidiu a magistrada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
“Conforme se depreende dos autos, o suposto crime foi praticado, em tese, no exercício da função de policial militar e em razão dela, mostrando-se imprescindível o afastamento dos ora indiciados de sua atividade-fim, embora, ao menos em princípio, não se mostre necessária e adequada a imposição de prisão preventiva”, destacou a juíza.
O caso aconteceu na última segunda-feira (23). A espanhola e mais quatro pessoas estavam fazendo um passeio de carro pela comunidade quando foi alvejado duas vezes pelo tenente que, segundo ele, recusou a ordem de parada para revistas. O motorista do carro, no entanto, negou ter recebido qualquer ordem de parada e que tenha furado a blitz. Ele informou ainda que não notou a barreira policial ou qualquer tiroteio. A PM informou que só constatou se tratar de uma turista após abordar o carro.
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