Preso no último domingo (10), por ordem do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, chegou em um avião da Polícia Federal ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, nesta sexta-feira (15), por volta das 11h40, onde vai participar de audiência de custódia na 6ª Vara Federal da Justiça Federal.
Joesley foi transferido de Brasília em um avião da Polícia Federal. A audiência, que está marcada para acontecer às 15h, desta sexta, será referente à Operação tendão de Aquiles, que apura se houve uso indevido de informações privilegiadas em movimentações do mercado financeiro.
Sobre a prisão preventiva relacionada ao mercado financeiro, Pierpaolo Cruz Bottini, advogado de defesa dos irmãos Batista, classificou como “injusta, absurda e lamentável”. Segundo ele, a dupla de empresários “sempre esteve à disposição da Justiça, prestou depoimentos e apresentou todos os documentos requeridos”. “O estado brasileiro usa de todos os meios para promover uma vingança contra aqueles que colaboraram com a Justiça”, completou Bottini.
Operação tendão de Aquiles
A investigação que segue, refere-se a dois eventos; um é venda de ações de emissão da JBS S/A na bolsa de valores, entre 24 de abril e 17 de maio, por sua controladora, a empresa FB Participações S/A e a compra dessas ações, em mercado, por parte da empresa JBS S/A, manipulando o mercado e fazendo com que seus acionistas absorvessem parte do prejuízo decorrente da baixa das ações que, de outra maneira, somente a FB Participações, uma empresa de capital fechado, teria sofrido sozinha.
E o segundo evento é sobre a intensa compra de contratos de derivativos de dólares entre 28 de abril e 17 de maio por parte da JBS S/A em desacordo com a movimentação usual da empresa, gerando ganhos decorrentes da alta da moeda norte-americana após o dia 17.
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