(ANSA) – O empresário Joesley Batista, da JBS, chamou o presidente Michel Temer de “ladrão geral da República” em resposta à nota divulgada na noite desta sexta-feira (1) pelo Palácio do Planalto.
Segundo Joesley, cuja delação premiada serviu de base para que a Procuradoria-Geral da República apresentasse a primeira denúncia contra Temer, a colaboração com a Justiça “é por lei um direito” que o mandatário “tem por dever respeitar”.
“Atacar os colaboradores mostra no mínimo a incapacidade do senhor Michel Temer de oferecer a defesa dos crimes que comete. Michel, que se torna ladrão geral da República, envergonha todos nós brasileiros”, diz o texto do empresário.
Na sexta-feira (1), o Palácio do Planalto publicou uma nota afirmando que Joesley era o grampeador-geral da República. O texto, redigido por conta das notícias de que Temer será alvo de uma segunda denúncia, critica o fato de a JBS ter apresentado novos documentos e gravações no acordo de delação feito com o Ministério Público Federal (MPF).
“Outro agravante é o fato de o grampeador-geral da República ter omitido o produto de suas incursões clandestinas do Ministério Público. No seu gravador, vários outros grampos foram escondidos e apagados. Joesley mentiu, omitiu e continua tendo o perdão eterno do procurador-geral. Prêmio igual ou semelhante será dado a um criminoso ainda mais notório e perigoso como Lúcio Funaro?”, diz a nota do Planalto.
Temer também criticou o procurador-geral, Rodrigo Janot, e questionou a veracidade das informações repassadas por Funaro à PGR e os prováveis benefícios que ele obterá com a delação.
Segundo a nota, há um ano, o Ministério Público Federal considerava Funaro um criminoso, sem credibilidade e, agora, o doleiro passou a ter credibilidade. “Qual mágica teria feito essa pessoa, que traiu a confiança da Justiça e do Ministério Público, ganhar agora credibilidade?”.
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