(ANSA) – O dono da empresa JBS, Joesley Batista, prestou depoimento na manhã desta sexta-feira, dia 16, em Brasília, à Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga o presidente Michel Temer e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures.
Segundo o site “G1”, a defesa de Joesley afirmou que seu cliente, delator da Operação Lava Jato, “reforçou a verdade dita no depoimento por ocasião da colaboração, apenas a verdade dos fatos, ou seja, confirmou o que já foi dito e provado”. Em depoimento anterior, o empresário havia mostrado um áudio de uma conversa que teve com Temer no Palácio do Jaburu na noite de 7 de março na qual o presidente apoiava a iniciativa de Joesley de “comprar o silêncio” do ex-deputado Eduardo Cunha e do corretor de valores Lúcio Funaro com uma “mesada”.
Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), Temer teria dado “anuência” a esses pagamentos. Além disso, neste depoimento o dono da JBS voltou a afirmar que deu dinheiro a Loures, do qual uma parte seria destinada a Temer, para ser favorecido pelo governo. O ex-deputado e ex-assessor especial do mandatário foi filmado pela PF saindo de um restaurante em São Paulo com uma maleta com R$ 500 mil em espécie. Sendo assim, Temer e Loures são investigados no inquérito por corrupção passiva, obstrução da justiça e organização criminosa.
A PF tem até a próxima segunda-feira (19) para concluir o inquérito, prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na próxima semana, aliás, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deverá apresentar uma denúncia contra o presidente ao STF. No entanto, para poder ser analisada pelo tribunal, ela deverá antes ser autorizada pelo plenário da Câmara dos Deputados.
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