João Rezende Henriques, apontado pela Operação Lava Jato como o maior operador de propina na Diretoria Internacional da Petrobras, se entregou na Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro no início da tarde desta segunda-feira (21). O mandado de prisão temporária contra ele foi expedido para a 19ª fase da operação, deflagrada nesta manhã. Esta nova etapa da Operação Lava Jato representa um avanço nas investigações da 15ª, 16ª e 17ª fase e está associada ao pagamento de propina a partir de contratos na Eletronuclear.
O nome de Henriques está sendo associado ao PMDB, uma vez que ele agiria como operador do partido. A direção do PMDB informou que jamais autorizou ninguém a agir como intermediário, lobista ou operador junto à Petrobras. Pela manhã, José Antunes Sobrinho, que é um dos donos da Engevix, foi preso em casa, em Florianópolis (SC). A prisão é preventiva, ou seja, não há prazo determinado.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), ele entrou em contato com testemunhas para alterar a verdade dos fatos. A prisão do executivo também está ligada a contratos da Engevix com a Eletronuclear no valor de R$ 140 milhões, entre 2011 e 2013. De acordo com o MPF, Sobrinho realizou pagamentos de propina já com a operação em curso. O destinatário do dinheiro seria Othon Luiz Pinheiro, ex-diretor-presidente da Eletronuclear, que está preso em um quartel de Curitiba.
A Polícia Federal deflagrou nesta manhã, 21/09, a 19ª Fase da Operação Lava Jato, intitulada Nessun Dorma, em Curitiba/PR. Cerca de 35 policiais federais cumpriram 11 mandados judiciais, sendo sete mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e dois mandados de condução coercitiva, nas seguintes cidades: Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro.
Os trabalhos decorrem do avanço das investigações nas fases 15, 16 e 17 da Operação Lava Jato. Nessa fase, um dos focos é a continuidade da investigação de um denunciado na 15ª Fase – Conexão Mônaco e de empreiteiras já investigadas na Operação Lava Jato.
De acordo com as investigações, essas pessoas possivelmente intermediaram pagamentos de vantagens indevidas a agentes públicos e políticos no exterior, em decorrência de contratos celebrados na Diretoria Internacional da Petrobrás.
Foi verificado também que uma das empresas sediadas no Brasil recebeu cerca de R$ 20 milhões, entre 2007 e 2013, de empreiteiras já investigadas na operação, sob a acusação de pagamento de propinas para obtenção de favorecimento em contratos com a estatal.
Em outro foco, foram cumpridos mandados de busca e realizada a prisão preventiva de um executivo relacionado à 16ª fase – Operação Radioatividade e 17ª fase – Operação Pixuleco, a partir dos elementos que o apontam como tendo realizado pagamentos de vantagens indevidas a agentes públicos já investigados nessas fases.
Os presos serão trazidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR onde permanecerão à disposição do juízo da 13ª Vara da Justiça Federal.
Será concedida entrevista coletiva, às 10h, no auditório da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, situada na Rua Sandália Monzon, 210, Santa Cândida PR.
Com informações do G1
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