(ANSA) – O ex-senador Aécio Neves (PSDB) foi denunciado nesta última sexta-feira, dia 2, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de obstrução da Justiça e de corrupção passiva pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A denúncia baseia-se nas investigações da Operação “Patmos”, pelas quais o político mineiro foi afastado do seu cargo no Senado. Aécio foi um das pessoas citadas nas delações premiadas dos executivos da companhia JBS. Além dele, também aparecem no áudio a sua irmã, Andrea, seu primo, Frederico Pacheco, e o ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrela (PMDB) Mendherson Souza Lima. Os três também foram denunciados nesta sexta por Janot, mas apenas por corrupção passiva.
Para que a denúncia fosse realizada foi fundamental a gravação do dono da JBS, Joesley Batista, na qual Aécio pede ao empresário R$ 2 milhões para poder pagar um advogado para defendê-lo na Operação Lava Jato. Além disso, também contribuiu para a denúncia a gravação feita pela Polícia Federal, permitida do STF, da entrega de uma parcela de R$ 500 mil do total ao primo de Aécio pelo diretor da companhia, Ricardo Saud. Essa parcela foi depois repassada ao assessor de Perrela.
A análise da denúncia será realizada pelo relator do caso, o ministro Marco Aurélio Mello, que notificará os acusados para formularem e apresentarem sua defesa. Depois disso, o caso será levado à Primeira Turma do STF que irá decidir se Aécio se tornará ou não réu.
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