(ANSA) – Enquanto a União Europeia busca maneiras de solucionar a crise migratória no Mediterrâneo, a Itália resgatou cerca de 2,8 mil migrantes forçados na costa da Líbia apenas nesta quarta-feira (12).
A partir de sua central operacional em Roma, a Guarda Costeira do país europeu coordenou 19 operações de socorro para salvar deslocados externos que estavam em 12 botes infláveis e cinco barcos de pequenas dimensões.
As pessoas resgatadas foram colocadas em embarcações da Guarda Costeira, de ONGs e da operação naval da UE que atua no Mediterrâneo Central. Todas elas serão levadas para portos italianos.
Desde o começo do ano, a península já acolheu 85.217 migrantes resgatados no mar, cifra 8,9% maior do que a registrada no mesmo período de 2016. O número de desembarques nos portos da Itália vinha desacelerando desde o início de julho, mas deve ter um novo impulso com as 2,8 mil pessoas salvas nesta quarta.
Dos deslocados externos que chegaram ao país pelo Mediterrâneo em 2017, quase todos são originários da África Subsaariana, com destaque para Nigéria (14.504), Guiné (7.844), Costa do Marfim (7.455) e Gâmbia (5.022). Entre as cinco principais nações, a única de outro continente é Bangladesh, na Ásia, com 8.268.
Em fevereiro deste ano, a Itália fechou um acordo para treinar e equipar a Guarda Costeira da Líbia para efetuar resgates no mar, porém a parceria deu poucos resultados concretos até aqui. O objetivo é fazer com que o país africano seja capaz de patrulhar seu litoral e salvar migrantes forçados, levando-os de volta para solo líbio. (ANSA)
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