(ANSA) – O governo de Israel confirmou nesta quinta-feira (20) o cessar-fogo com os grupos palestinos na Faixa de Gaza, medida que encerrará a escalada de tensão que já deixou centenas de mortos nos últimos dias.
A decisão foi tomada durante reunião do gabinete de segurança israelense, liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, por unanimidade, segundo o jornal “The Times of Israel”.
O cessar-fogo “mútuo e simultâneo” será iniciado às 2 horas (horário local) desta sexta-feira (21). “Os ministros concordaram em aceitar a iniciativa egípcia de um cessar-fogo mútuo sem condições”, diz um comunicado oficial do gabinete do premiê israelense.
A maior escalada de violência na região começou no dia 10 de maio e deixou, pelo menos, 242 mortos, incluindo 65 crianças, 39 mulheres e 17 idosos. Os feridos passam de 1,7 mil. Do lado israelense, são ao menos 10 falecimentos, incluindo uma criança.
Segundo o site de notícias Ynet, durante a reunião foi revelado aos ministros que Israel “exauriu” todas as suas conquistas militares possíveis no conflito com grupos terroristas palestinos no enclave. “O Hamas foi dissuadido e sofreu graves golpes”, disse um dos militares.
Um acordo já estava sendo tentado há dias, com pressão internacional principalmente sobre Israel. No entanto, Netanyahu continuou afirmando que manteria a ofensiva até devolver “calma e segurança” aos cidadãos israelenses.
Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, telefonou para seu homólogo egipcío, Abdel Fattah al-Sisi, para discutir o conflito israelense e palestino, conforme revelado pela porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
Na ligação, os líderes “discutiram os esforços para chegar a um cessar-fogo que acabaria com as hostilidades em curso em Israel e Gaza” e “concordaram que as suas equipes se mantenham em comunicação constantes”.
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