Receber o diagnóstico de câncer é algo devastador para qualquer pessoa e que afeta também toda família. A rotina é alterada, pois inicia-se uma verdadeira maratona de exames, consultas e internações, com períodos longe de casa e do convívio com amigos, vizinhos, etc. O período de tratamento é longo, tudo depende do tipo de diagnóstico e das respostas que o paciente vai apresentando. A cura é almejada durante todo o tratamento.
Entretanto, existem momentos de agravamento ou até mesmo, recidiva (retorno) da doença, que trazem outros medos e anseios, que precisam de respostas para enfrentamento do câncer e o transplante é uma dessas respostas, muitas vezes, é a única opção para o paciente.
O transplante de medula óssea, de acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer – INCA, é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças, que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas, e consiste na substituição de uma medula óssea doente por células saudáveis de outra medula óssea compatível, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável.
Existem algumas modalidades de transplante, onde a medula vem do próprio paciente ou de algum doador, que necessita ser compatível. Trata-se de um processo árduo, com internações e quimioterapias pesadas, mas é como se fosse uma luz no fim do túnel, pois, pode significar a cura para o paciente.
As famílias, que vivenciam tal contexto, enfrentam diversos desafios e necessitam de todo suporte multidisciplinar, no hospital e para além dele. Recentemente, na Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva, um adolescente com 12 anos de idade e diagnóstico de leucemia, com 2 recaídas da doença, estava tentando, há meses, realizar o transplante.
Porém, enfrentou diversos entraves, como recidiva da leucemia, covid-19, infecção por fungos, dentre outras situações. Entretanto, após alguns meses e tentativas, recebeu a tão sonhada medula saudável, doada por sua única irmã, a qual apresentou o maior índice de compatibilidade e, através desse gesto de amor, pode dar uma nova chance de vida para o irmão.
Ao longo de todo o processo, a família foi acompanhada pela equipe multidisciplinar do hospital e da Casa Durval Paiva, pois tratou-se de uma situação delicada, envolvendo muitos atores, como o paciente, a doadora, os pais e a rede de apoio. Esse cuidado se estenderá por muito tempo, diante da atenção especial que esse paciente requer, no que tange aos aspectos social, emocional, nutricional e escolar, pois é como se sua vida recomeçasse.
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